sexta-feira, 11 de junho de 2010
À MELHOR COMPANHIA
o frio nem tem sido tão intenso assim, porque eu tenho mãos e abraços dele. eu tenho a voz grave repetindo que eu sou linda - mesmo sendo ele a parte linda da gente! -, o corpo dele me rodeando sempre em demonstrações digníssimas do quanto já somos um, ajustados, harmoniosos, cúmplices. E cumplicidade é, sem dúvidas, a parte mais bela de um amor.
eu agora voltei a gostar de jogos, de café fresco com companhia, de barulhinhos bons de amor andando e vivendo pela casa, conversas de madrugada (poucas, já que sempre tem um despertador pra tocar...). o sofá em módulos - que ele vai me lembrar pra sempre de nunca mais comprar - parece ter o tamanho do mundo quando a gente passa as horas lá, esquecidos do mundo, deixando todo o resto que há pra depois...
ficar boba não embobece, na verdade: cura, alegra, colore, enche meu dia de saudades; não saudades que choram, mas saudades que esperam... esperam chegar a hora de se ver. de abraçar, carinhar, sentir o que ele sente, querer o que ele quer...
dessa vez, devo dizer: foi perfeição, justamente pra compensar os amores errados de antes. não há erro agora, não há tempo ruim, é bom humor dos dois lados, mesmo quando é necessário brigar no ônibus porque alguem que preciiiiisa de um companheiiiiiro ficou com raiva da nossa felicidade toda, que transborda, que transparece, que faz brotar sorrisos em nós e em quem está perto de nós...
por fim, o amor é a razão de eu acordar feliz, ficar nem que seja 10 minutos na estação de trem tomando café de banquinha com bolo, eu, que nunca gostei de bolo muito menos de estação de trem...
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