passa tempo, tempo passa...
de dez em dez passos, passa tanto em mim; vem decisão, re-decisão... vem cisão, repetição, toda sorte de ação que se possa pensar.
as estratégias e a tentativa tola de calcular todos os riscos de falar, todos os riscos de ser, de se jogar, de se manter aqui, de se arriscar pra lá.
eu não sei mais nada, absolutamente nada. saber parece parco também, saber pra quê? quero saber de nada não... quero? ah, acho que quero, e hoje eu só gostaria de ter sabido se por alguma cabeça passa algo semelhante ao que passa na minha.
hoje me pareceu que vai fazer falta os ônibus de cor azul clara sutil, branda, bela, de caminho lindo e montanhas na vista.
na hora de ir, na hora de ser ausência novamente, parece que o coração começa a bater. passo a entender às vezes em que tomamos uma decisão de fim e logo em seguida voltamos atrás. romper dói. dói muito. dor daquelas que são sem fim, parecem. mas um dia ela termina. e, aliviada, eu digo-direi: caramba... que foi aquilo mesmo? teve dor? nem lembro...
não tenho o dom de esperar.
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