não há caminho errado. se há, eu o ando, pela simples alegria de ser...
os anos passam, o tempo, se anda ou corre, se simplesmente é. tem respostas que nem precisam ser dadas, afinal, de nada ajudariam e, na real, a única maravilha é poder andar por ele, pela linha que se cria.
das últimas cenas, tem nem o que ser dito. não há palavras que mostrem. o sorriso mostra mais.
sorte, ah, que sorte, ter no coração e na história outros corações e outras histórias que pulsam, que vivem, que colorem, que são desenhos bons.
de estar em beira de estrada, de caronear, de ver pôr-do-sol e vinda-de-lua das mais incríveis que sentiram meus olhos, de companhia sincera.
a conclusão que vem de que não há nada que dê certo ou dê errado. há só o que há. simples. aceitemos. é bom aceitar o que vem. dá brilho. faz ter sol, faz ter lua, faz ter sorriso, faz ter, sobretudo, verdade.
a vida vai tecendo laços, poeta. não é mesmo toda fel. fel eu nem vi. se vi, já esqueci. o que me fica são belezas e saudade da boa, de quem bem viveu! é um carinho guardado no cofre de um coração que voou, e um afeto guardado nas veias de um coração que ficou...
grata por ter decidido ir, por não ter dado asas à nenhuma inércia boba que por vezes insiste em nos prender os pés na terra. lançar a alma no espaço que me tem sido o ar.
o ar, grata por entrar no meu mapa.
à cidade que me recebeu com meu espantalho e meu homem de lata ao lado, me rindo e me garantindo incertezas de que a vida é isso mesmo, de que o coração é esse bobo que bate lá tanto quanto bate aqui, que sente por todos no fim o mesmo amor, embora repouse bem aqui a minha verdade e meu sonho feliz de cidade que já bem chamo de realidade!
there's no place like home!
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