ah, minha paz, me ensina a te ver cada vez com olhos mais infantis - embora às vezes eu diga o contrário, embora em horas de mágoa o coração fique quietinho e não diga o quanto ama.
me ensina a compartilhar, a querer compartilhar ainda mais, a acordar cedo pra fazer café e ficar junto os minutos que temos - que são infindos quando neles estamos!
me ensina, com placidez, que é mesmo melhor a tranquilidade do coração, a calmaria sem angústia, o desejar o bem simplesmente porque se gosta dum tanto imensurável.
me ensina que há tantos caminhos pra percorrer que não há que se ter pressa: a vida está aí, se apresenta a cada nova manhã, a cada nova noite, e a nós cabe recebê-la, vivê-la, sempre juntos, em corpos ou em corações.
beleza dos meus dias, me ensina a caminhar viva, e garante ainda que eu acorde todos os dias pensando, rememorando, desejando, estando contigo.
me ensina, sobretudo, porque te vejo criança, te quero criança, não quero mutismo ou um viver blasé. te gosto leve, como você sabe ser e é, em verdade, bem sei. te vejo belo, como uma paisagem dum lugar onde é possível acordar todas as manhãs e em todas se sentir vivo, sem nunca querer estar em outro lugar.
não desisto. nem mesmo quando a mente tenta fazer ruir. isso porque, como me disse certa vez, a razão às vezes engana a gente, dá uns pensamentos "lógicos" que em nada agrada o coração. e agora sou só alma humana pra você e com você. só duas almas humanas.
almas que se entrelaçaram em lindos dias, toques, carinhos, lábios, corpos, palavras, desentendimentos, e re-entendimentos, readequações necessárias para que se consiga um entrelaço desse que se fez. e é a vontade mais terna do mundo essa que tenho de manter minhas mãos juntas às suas pra eternidade que fizermos ser.
me dá a mão?
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