quinta-feira, 10 de maio de 2012
à escola
ontem fui passear ali na rua de cima e passei na frente duma escola no horário de saída. escola pública, claro, senão não tem graça. a construção grande, alta, aquele moooooooonte de criança e adolescente muito-louco.
caramba, dá uma vontade de falar pra eles todos aproveitarem bem, porque vai passar suuuuuuuuper rápido... mas não adianta, é assim que tem que ser. eles vão perceber depois...
mas atentei sobretudo pra dois aspectos: os estereótipos escolares e as mudanças que aconteceram dos meus anos 90 pra cá.
os estereótipos não mudaram muito não. tem a bonita princesa que nunca, nunca vai dar bola pra nenhum dos esfarrapados da classe dela. talvez prum mais velho, com cara de cafetão - que também é esfarrapado, mas dum jeito bem heterodoxo usa isso a seu favor. tem a gostosa mas nem tão bonita assim, que se usa das protuberâncias pra sair na frente da bonita princesa. mas como homens gostam mesmo é daquilo que eles não têm - desde a infância e para sempre -, eles pegam a gostosa mas ainda cortejam mesmo a bonita princesa. bom, enfim, tem a grande maioria que é feia mesmo. feia, desconjuntada - como toda pessoa é dos 10 aos 15. tem as meninas desbocadas que andam com os meninos, tem os meninos mais sensíveis que andam com as meninas.
bom, as mudanças. não tinha essa tecnologia de ponta levada à escola. todo mundo com celular, com Ipod, com essas coisas que nem sei bem o nome mas que tocam música alto pra caramba. e aí cada um tá ouvindo uma coisa, ou vendo algo naquela telinha e no fundo ninguém tá junto. vi pelo menos três grupinhos ou duplas de 'amigos' andando juntos, um do lado do outro, cada um no seu mundo. pô, pra que servem os amigos em 2012? tinha pouca conversa e muito grito, pouco olhar e muita música alta. deve ser foda ser professor dessa pirralhada, todo mundo postando no facebook no meio da aula, deve dar uma vontade de enfiar o celular goela abaixo do cidadão...
e senti aquele cheiro bom de livro de biblioteca, de merenda, de uniforme passadinho... ah, se me o Universo permitisse viver algo de novo, certamente seria uma terça-feira qualquer de 1995... pra viver um dia inteiro, do início ao fim! mas sabe que, por um lado, talvez o que tenha tornado esses anos tão dourados tenha sido justamente o fato de estarmos inconscientes de que passaria, focados só naquilo ali, sem absolutamente nenhuma preocupação. aí se eu fosse hoje viver um dia de 95 com a consciência que tenho hoje, talvez não fosse tão leve. eu ia tentar, mas seria mais difícil do que era quando era natural. êta, vida boa, que traz e leva tudo na hora certa!
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