só que aí nós, que somos princesas, nos damos conta de que as coisas são na nossa vida da maneira como dita o nosso coração. aprendi - com você, sobretudo! - a manter por perto só aqueles para quem eu posso oferecer sinceridade, a cuidar, a amar.

eu não implico com o seu ritmo calmo: eu amo da maneira mais sutil que se pode pensar. e cada vez que você me disser que precisa de mim ou simplesmente me quer por perto por capricho, eu estarei lá. estarei sempre nas mais diversas formas, de amor, de lembrança, de futuro, do que for. porque uma relação só pode ser se for assim. sem disputa, sem competição, com muita vontade de estar perto, com risadas e entendimentos que nós bem sabemos que não há por aí.
imagino daqui a anos, as nossas conversas ao longe, como ainda serão lindas e cheinhas de cor! e ao longe a gente rodopiando com saias longas e coloridas e livres como bem gostamos e completamente entregues.

minha flor de maracujá, quisera o mundo pudesse compreender que se precisa de tão pouquinho, tão pouquinho. se precisa é de amor, por mais que pareça antiquado dizer isso. acho covarde, falso quando vejo alguém dizer que busca esse amor incondicional, a todas as criaturas, mas não ama quem o acompanha. meu amor ao mundo passa pelo meu amor a você, porque é o início de tudo, o amor a nós mesmos. eu me aprendo e me aceito a cada vez que te aprendo e te aceito, e a partir daí - e só a partir daí! - é que posso começar a tentar amar o mundo.


imagine só se ao menos quem está na nossa vida pudesse reconhecer a beleza da amizade, do companheirismo, da parceria plena. pra que serve então o outro? pra gente discutir, implicar e reiterar o lugar dele como menor do que nós e assim podermos nos sentir maiores? será possível que é só essa língua que o mundo fala? não, minha flor mais linda, não é possível que seja assim. me nego a ver, caso seja verdade, e passo vendada pelo mundo. porque na minha casa colorida só entra quem saiba viver dum jeito pleno, feliz, leve. não quero e nem preciso de quem critique absolutamente tudo que eu sou e faço - talvez por não gostar mesmo de nada em mim, talvez por ser covarde mesmo, ou por se sentir tão inferior que precise dessas estratégias pra tentar ficar seguro, ou ainda porque esteja com um ego tão inflado e se julgue tão conhecedor da verdade universal que pensa ainda estar 'fazendo isso para o meu próprio bem'. caramba, né? não precisamos de nada disso. para o meu bem, minha princesa, bastaria que todos fossem. só. livres de querer qualquer coisa, de disputar comigo, de querer entender, de querer convencer. as coisas são tão simples pra nós, quisera o outro pudesse entender também tanta simplicidade, simplesmente o deixar fluir que é o amor maior.

minha menina, meu coração batendo em outro corpo.
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