terça-feira, 31 de julho de 2012

no fundo da memória

numa estrada nova de terra, com belos raios de sol que despontavam entre as árvores, não sei porque nem como brotou na mente uma música que eu já não lembrava mais, que devo ter escutado por volta dos 5 anos de idade. e lembrei de cada frasezinha, lembrei de tudo, e cantarolei no cenário perfeito para cada verso:




Virgem relva se abre pelo chão
E o orvalho de noiva te veste
Um coral de aves rima a canção
O sol ilumina a filmagem
Árvores e o vento são as testemunhas
Aprovando o ceremonial
E a cachoeira entra com o véu
Nesse casamento natural
Laranjeira ofertou o buquê
A terra deu a recepção
A cana de açúcar deu a aguardente
E o refrigerante foi limão
Doutor João-de-Barro foi o construtor
Dona aranha teceu as cortinas
Pica pau foi quem presenteou os móveis
E o vagalume foi a lamparina
Ei, sertão, noite e dia,
As flores do campo
Que decoração
Tudo em perfeita harmonia

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