será que é o horário do ônibus que é sempre o mesmo? ou o caminho à esquerda que é percorrido todo dia e deixa de lado o que está à direita, mais longo? será a mesma roupa que é passado e já nem nos serve mais mas ainda ali guardada prum dia, quem sabe, ou será então o passo que cala e segue sem pensar?
será o quanto tem na carteira, na conta, na mente, será o escape de estar no meio de gente? será que pode ser o apego ao que não é num tempo outro ou então aquele sonho que pouco se assemelha ao nosso ser presente? o que controla você?
será o açúcar no nosso café? o pão, o queijo, o desvio, o vício? será o livro que não se lê? o amor que se busca só pra amar sem consciência de que amor - ah, amor - amor é trabalho? ou a energia que não se gasta e se economiza para... para quê mesmo?
será o pensamento que mina, que discrimina, que paralisa nossa ação? será então a chance que se desperdiça e a crença que se enraíza - e delimita - no coração? o que controla você?
será que é a mão que não se põe onde quer, a ideia que não é liberta, o olhar que tem véu, a palavra, fel? ou será a alma irascível sem querer, o desespero e a pressa, o não-entendimento da espera?
e s p e r a...
será então, se não é nada disso, a ideia que se tem de si mesmo? seremos os algozes de nós mesmos num tempo em que tanto se fala de transpor-se inteiro? será a vaidade, o ego, o encaixe, o nível que se tem na sociedade? será a sociedade? e ela, vem de onde, o que controla a sociedade? nós... ?
o que controla você?
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