sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

do limite



é. fato, sei nada sobre como lidar com o não.

para mim, a vida seria um eterno sim.

sim. sim para tudo que parecesse agradar.

sim para todos os toques que simulassem alegria eterna, ainda que não significassem nada.

quem foi que disse que se pede realidade ou pé no chão? isso dá pra ter de sobra sozinha.

quando se está em meio a outros, o que me parece arianamente bom é sentir, é sentir cada textura da pele, é gritar por estar feliz e é a voz de algo que não se entende. porque, na realidade, o que será que há? boto uma fé fantástica nisso: na realidade, só se encontra o que há de corpo, espaço, tempo e algum modo de dizer não.

sabemos quando parar? quando parar de pensar? parar de lembrar? parar de estancar? parar de sangrar?

acho que ninguém sabe não. somos duma imaturidade instintiva absurda, porque quando o corpo grita parece que a cabeça nem bem existe. mas e o controle das mãos? e o controle da mente então?

tens, tu. tenho nada.

tenho apenas muita e muita e infinita vontade.

de onde é mesmo que vem vontade? vontade vem, provavelmente, dum lugar extremamente turvo daqueles em que mal podemos encostar. da próxima vez, não encosto na vontade. a vontade, se deixamos nos tomar mesmo, torna-se o limite do humano.

vontade de viver no limite do humano.

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