segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

do retorno e da casa 1


pois lá vamos nós...

olha só. nada disso seria dito a você. sabe, contigo não tenho orgulho porque, na real, te vejo tão numa criança que não me importo. sou criança contigo então.
eu não sei mesmo o que existe por baixo dessa tua pose toda. mas conjecturo. e dizem minhas más línguas da mente que você nem sabe bem o que está fazendo e nem está sentindo nada disso. como sempre, vai-se vivendo assim como num atropelo gritante. e eu gosto disso. não sei nem como nem por que diabos, mas eu gosto.

toda vez que algo me agrada, eu me engano pensando que o que faz faz porque sabe que eu vou gostar e sorrir por dentro. mas logo volto a mim e vejo que você só está sendo.

diverte saber que ainda se perde e perde as coisas e vai seguindo a vida como se nada fosse suficientemente importante pra você deixar de sorrir.

eu lá no fundo gostaria que as coisas fossem diferentes agora, e tivessem sido diferentes no passado, só pra que eu pudesse ver de novo o brilho gigantescamente brilhante que saía de você quando me via. mas, como passado passou, fico eu com apenas lembranças boas do grito mais bonito que ouvi, quando entra na água e parece que todo seu corpo se regozija.

seja e mesmo que eu não veja.

mas pudera eu ver...

respire alto e com esse tom de quem não se importa e tem o espaço todo pra te conter mesmo que eu não participe e não possa rir.

mas quisera eu estar em cada som.

isso tudo vai passar. é novamente ferida que eu fui tocar por ser esse o ano em que tudo vai se resolver.

resolvi dentro de mim.

agora começo a resolver daqui pra fora.

sinto vontade grande de outros dias mas convivo com os de já muito bem também.

nos acordes que eu ouvi nas horas últimas, lembrei duma época tão boa, tão doce, tão pura em que eu sentia como se com quinze anos uma certeza plena de que éramos nós, ainda que não tivesse certeza alguma disso.

thanx for being, babe.

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