música é dom. vem conosco; se não vem, não vem e pronto. ao menos é assim que eu vejo. já escutei de algumas pessoas que a música simplesmente não as toca, nada causa nelas. caramba... já cheguei a pensar que isso é coisa de quem tem o coração fechado e a razão dominante, mas pode ser que eu esteja enganada; quem sabe simplesmente não é o dom de todo mundo.
mas quando é? quando se perceber claramente que alguém nasceu praquilo?
o digno certamente é dar ouvido ao que é óbvio e seguir fazendo o que se gosta. compor, interpretar, viver a música, sentir aquilo que só um som bem feito pode causar nos corações de quem está em sintonia!
a música me leva, me inebria, e sentir um ser que sente a música mais ainda me encanta! a vivência musical é impagável, é uma linguagem acima das linguagens humanas cheias de letras e palavras todas prolixas quando o que se quer falar se resume em uma melodia bem entoada. uma harmonia bem construída, de sons que tocam fundo.
tem o som da viola caipira que leva pro mato, leva pra terra, leva pro chão e pra horizontes de sol nascendo e se pondo. tem piano que consegue fazer passar a história da gente inteira como que num passe de mágica na nossa cabeça... tem violino que dispara o coração e enche os olhos de lágrima, e tem voz com ternura que constrói teias das quais é bem difícil sair.
música que casa com filme e dá um novo tom pras cenas, música nostalgia que faz reviver bons passados, instrumentos de sopro que lembram um apartamento onde amor se construiu, introduções e dedilhados que descrevem uma infância.
pra mim, a vida tem sido uma música misturada, uma fusão: tem tango daqueles bem arranhados e fortes, cantos pra minha morte de raul, tem misturado também som gravado de madrugada numa gravação ruim que insiste em me fazer rememorar.
ao meu melhor amigo, melhor amor, melhor companheiro musical e melhor parte de mim, Bruno Jardim.
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