alguns dias são mais densos que outros. alguns duram mais tempo; outros, sobretudo os que correm como rios de pequenas quedas, são velozes, findam quando ainda resta muito a se dizer.
um dos dias que te fazem olhar bem pra sua vida e pensar nas atitudes todas, nas palavras todas. aí se vê uma repetição de erros, que já foram feitos e ruminados, e que ainda assim se repetem. mas como? e onde fica a essência nossa do aprendizado? será que nada se aprendeu do que se mentiu pra si mesmo, das tentativas frustradas de se passar por cima das mudanças sem entendê-las bem?
daí então uma palavra que se ouve faz tudo se clarear... se vê a verdade ali, diante de você. que atitude deve ser tomada? continuar seguindo impulsos ilógicos - com os quais nós mesmos não concordamos! - ou tratar de respirar, se purificar, fazer aquilo que a alma grita? o ego toma conta da nossa estrada às vezes, e não nos deixa fazer nada que nos 'rebaixe' aos olhos dos outros, que nos faça demonstrar fraqueza. a fraqueza não tem de ser maquiada pelo ego: tem de ser entendida, trabalhada, revisada. como uma lição escolar, uma lição primordial pra se seguir.
no meio disso tudo, muitas mentiras. "não gaste palavras pra viver de iludir os seus sonhos tão raros com mentiras". quando se pega agindo assim, vários caminhos podem ser tomados. voltar atrás é que não dá. então, adequado me parece tratar de sanar essas 'mentiras' dentro de si: resgate-as, veja o que realmente foi sincero, no motor e na ação propriamente, e descarte tudo que não for. não por ninguém envolvido nas tramas, mas por você mesmo! trabalho digno para que nós mesmos possamos nos amar, sem condenação, sem julgamento, e sem aversão pelas atitudes que nós mesmos tomamos, que podem parecer inadequadas agora, mas que foram exatamente aquilo que pensamos ser melhor naquele dado momento. não condene sua ação, pois de nada vale se punir: mude, simplesmente. o comportamento, as ações são o que define nosso equilíbrio, nosso aprendizado...
onde era julgamento, que seja critério e discernimento; onde era palavra rude e orgulhosa, que seja frase leve e de tom brando; onde era grosseria e dureza, que seja carinho no rosto e nas mãos.
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