segunda-feira, 3 de março de 2014

da solidão


hoje vim à solidão. com e sem metáfora.

mas fui sozinha não.

trouxe o bru. ele na sua sem-fim desempolgação com trilhas e matos. Mas com tanto amor, mas tanto amor, capaz de fazê-lo acordar com meu relógio biológico esquisito e ir comigo.


trouxe o ticiano na maior vontade que eu já tive de alguém estar comigo a cada segundo.


trouxe meus pais e minha irmã. porque eles são parte de mim dum jeito que não sei. sou boba demais ainda pra saber.

trouxe o rodrigo, porque o conheci aqui nessas lindas terras. porque era mágico encontrá-lo na lagoa pra tomar chopp duplo e discutir e aprender e admirá-lo. ah, que leveza você me deu. e dá.

trouxe o pedro e seus-meus-nossos pulos em pedras e cachoeiras. pedro foi amor de pedra e natureza.


senti falta imensa e trouxe a bruna do coração selvagem.


e trouxe você. e você é o maior dos problemas. com você eu fiz cada passo dos que faço hoje. não digo que te lembro o tempo todo: mais que isso, é exatamente como se estivesse aqui comigo colado ao lado. éramos duma felicidade aqui, exatamente aqui, que eu não sabia explicar, não fazia idéia do que era, só sabia que era bom e vivo, colorido. até agora ainda não sei o que foi aquilo tudo.
agora, só sei que ninguém ao meu lado chega aos pés do que foi aquela solidão daquele dia com aquelas cores de rosas e lilás. fora a plena plenitude - redundante, como é todo sentido demasiado forte. plenitude de saber que alguém nesse mundo também tinha vontade de pedir um pedaço da comida dos outros. plenitude de ter com quem rodopiar. é bom rodopiar só. mas com, ah, com. ultrapassa limite, isso tudo.



alguém que cante junto e sorria sem se preocupar quem está vendo. alguém que seja, só.

somos vagalumes a voar perdidos...

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