sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

os verdadeiros amigos, do peito, de fé, os melhores amigos


fato que não caço amigos nem os tenho aos baldes. e essa conduta é fruto de muito ter sido ingênua no passado...
só que os verdadeiros, pouquinhos, esses cá estão, e ficam, e são preservados a cada nova idéia, a cada novo passo conjunto. são poucos os que acordam às 3 e 20 da manhã pra ir dar rolê de trem pra chegar na praia, e são raros os que, ao serem largados no meio da mogi-bertioga a 420 km da balsa, caminham a passos largos sem perder o bom humor, num sol incrível, por saber que tudo se dá como tem de se dar...
caçar borboletas azuis, contemplar céus, conhecer crianças, fugir de cachorro, caçar geladinho, viver cada instante como se fosse o único dia de sol, tudo isso, só se faz com quem se ama, com quem se tem no coração, com pureza de amor incondicional, que pouco se importa com dissemelhanças eventuais e foca no que se tem pra admirar, gostar cada vez mais, e querer sempre ao lado!

e olha, é só a primeira aventura de muitas por vir, mesmo porque somos jovens ainda, jovens ainda, jovens ainda, e seremos até que se prove o contrário! porque, afinal, juventude é estado de espírito, é andar livre, é vestir flores e ter cores consigo! e nós temos tudo isso a nosso favor...

sábado, 17 de dezembro de 2011

viajar é preciso, é preciso...


imagina só, viver viajando... e sair conhecendo as cidadelas, as matas, as pedras altas, os riachos...
explorar a vida, a terra, os caminhos e as estradas. só a gente detém as rédeas do que será nosso fim-de-semana, nosso dia de semana, nosso ano, nossa VIDA. a gente constrói pedacinhos de histórias a cada vez que decide ir mais, se inserir na paisagem do mundo, beber de fontes novas e que nada tem de cidade natal, na teoria, mas na prática, quando nosso coração se assenta, se sente perdoense, montealegrense, são-tomeense, extremenese, inubiense... brasileiro, enfim. de qualquer canto que acolha nossa alma, nossa visão bela, coisa que aqui muitas vezes não se tem, nem se tem tempo pra ter...

a importância de sair de si, de casa, do costume, inovar, viver ares outros, é grande demais, e se dorme em qualquer canto - ou esquece o sono! -, vai de charrete, pés no chão, qualquer meio de transporte, por uma rua ali do lado de casa que nunca passei, por uma cidadezinha sem referência alguma, ver o sol se pôr de outro ângulo. e isso acrescenta, agrega, movimenta vida!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

do que eu não gosto


não gosto de gente que não diz nada, que fica muda, que silencia toda hora!

não gosto de gente que responde com ar blasé a palavras ditas com empolgação.

não gosto de gente arrogante, prepotente, segura de si, dona de si, mas que no fundo não passa de mais um manipulado por discursinhos baratos que eu já conheço de cor e salteado!

não gosto de palavras vazias. não me agrada o que é pequeno, o que é pouco pra mim.

gosto é de gestos que explodem, de palavra gritada de sentido, com sons delicados, com sinceridade de olhar.

não gosto de quem está perfeitamente em mim e de repente parece não estar nem nas lembranças. cansa.

caramba, como eu não gosto de quem olha do alto, de quem não tem criatividade nem personalidade o suficiente pra me deixar ser quem sou, de quem não banca minha companhia.

não gosto de quem não responde. não responde a nada. e nisso, perde.

não vou perder tempo com pessoas que não me levam no coração. ou que de repente até levam mas, por orgulho ou burrice mesmo, não me deixam saber.

não gosto mesmo. sinceramente? nunca vou gostar.

mais uma tentativa, e eu desisto. pra não tentar mais.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

inventando histórias, sempre imaginei...


parece que o mundo pára.
e vai se compondo um poema, sutil, lentamente, de cores leves.
explicação já nem vou procurar. é um sentimento maior, um sentido pleno, que se deixa ser simplesmente, que flui, de dois seres que se encaixam um na alma do outro.
e assim a gente deixa ver o que é verdadeiro.
bem meu, é só assim que pode ser. de qualquer outro jeito, sem as mãos dadas, não dá.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

separações


Da história de Cabral e Glorinha, dá pra extrair sobretudo o seguinte: se de uma grande amor [amizade, história bonita, parceria, encontro, desencontro] não restar uma grande amizade, o mundo fica cruel demais...

A propósito, vale ainda saber sobre o homem lúcido.

"O homem lúcido sabe que a vida é uma carga tamanha de acontecimentos e emoções que ele nunca se entusiasma com ela, assim como ele nunca teme a morte. O homem lúcido sabe que o viver e o morrer são o mesmo em matéria de valor, posto que a vida contém tantos sofrimentos que a sensaçao [da morte] não pode ser considerada um mal. O homem lúcido sabe que ele é o equilibrista da corda bamba da existência: ele sabe que, por opçao ou por acidente, é possivel cair no abismo a qualquer momento, interrompendo a sessão do circo.
Pode também o homem lúcido optar pela vida; aí então ele esgotará todas essas possibilidades! Ele passeará pelo seu campo aberto, pelas suas vielas floridas! Ele saberá ver beleza em tudo. Ele terá amantes, amigos, ideais! Urdirá planos e os realizará. Existirão os infortúnios e até mesmo as doenças e, se atingido por um desses emissários, saberá suplantá-los com coragem e com mansidão. E morrerá o homem lúcido de causas naturais, em idade avançada, cercado pelos seus filhos e pelos seus netos, que seguirão a sua magnífica aventura. Pairará então sobre a memória do homem lúcido uma aura de bondade. Dir-se-á: "Aquele amou muito! Aquele fez muito bem às pessoas!".
A justa lei máxima da natureza obriga que a quantidade de acontecimentos maus na vida de um homem se iguale sempre a quantidade de acontecimentos favoráveis. O homem lúcido, porém, esse que optou pela vida, com o consentimento dos deuses, ele tem o poder magno de alterar essa lei: na sua vida, os acontecimentos favoráveis estarão sempre em maioria, porque essa é uma cortesia que a natureza faz com os homens lúcidos."

Domingos de Oliveira

domingo, 4 de dezembro de 2011

voa, passarinho...


e na nossa casinha apertada tá faltando graça, tá sobrando espaço
nossa casinha pequena parece vazia...

- se tem paixão ofegante, tem intensidade absurda, dessa que eu sempre quis. e aí não se abre nem a possibilidade de ficar longe, sobretudo estando perto.
- mas nem todo mundo é intenso e louco como eu. de repente é só diferente...
- pois é, mas me agrada a paixão completa, que olha o entorno e só emoldura um rosto.
- e se é assim, mas eu não sei? e se finalmente eu tivesse de ter aprendido outro ser, com dissemelhanças?
- a minha impaciência impede que eu espere pra ver, acredite, tenha fé mesmo sem ter o demonstrar.
- eu te penso, te pensarei. tá aí com você meu coração, meus sentidos, minhas vontades. se tem sentimento ainda, talvez haja porque tentar.
- mas eu não gosto de me ferir, não me ponho em risco mais.
- mas o risco é tão bom, não é? eu sempre gostei...
- ah, mas chega uma hora que empapuça, não dá mais...
- mas por que raios eu não tentei mais um pouco? por que não acreditei que pudesse ter mudança? afinal, são tantas coisas boas que existem em nós-dois!
- oras, simples: porque tudo indica que novamente ia voltar o cão arrependido, com suas orelhas tão fartas, com seu osso roído e o rabo entre as patas...
- mas por que tem de ter certo e errado? acho que acredito não nessa dualidade, mas em escolhas.
- sim, mas fiz a escolha certa pra não me machucar toda vez, toda vez...
- como toda vez? foi toda vez? eu pensei mesmo se foi toda vez?
- pensei, claro! sempre penso...
- talvez eu não pense sempre. talvez eu precise me dar a chance de errar. e de agora conviver com isso.
- é, Bruna... vê aí! acho que no fundo o importante é ficar bem... tentei ser sensata, agora só o tempo, só o tempo.
- sensatez? oras, nunca foi meu forte! eu falo e volto atrás, eu não banco o orgulho nem por 10 segundos. sou uma metamorfose ambulante, já dizia minha linda melhor amiga! eu mudo e assumo a mudança, porque vida é movimento, é dar um passo e aprender com ele, e gritar a mudança pro mundo, se julgar que ela é válida.
- mas vou mudar assim, já?
- já. eu mudo toda hora. toda toda hora. por isso que pouca gente me aguenta...
- tenho que ser forte, mesmo não sendo, e tenho que arcar com o que foi dito. a palavra dita não volta atrás!

- não disse nunca que não ia doer em mim. nem disse - tampouco pretendi - estar com a razão. só procurei fazer o que precisasse pra não sofrer. tenho a impressão de que fui completamente contra mim, já que nunca fui sensata, nunca tive gana de tentar não sofrer. sempre sorri e sofri com intensidade. mas e agora, faço o que?

- segue, Bruna. segue.
- volta atrás, Bruna. vai.
- não, Bruna. lei da ação e da reação, você bem sabe, tudo tem consequências.
- mas você não é orgulhosa. diga que errou, diga, mesmo que isso não signifique retorno. você nunca teve medo de voltar atrás, de mudar!

- mas agora é diferente. ele é importante demais. não quero me machucar de novo, então também não posso machucar ninguém mais de uma vez.

- é que eu não sei se quero voar...

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

aos bons fins de tarde...


no meu espaço, esse quintal-de-casa formado pelas ruas do cenário mais Bruna que há, com a companhia e o som, e a voz e as conversas e as risadas e a SINTONIA.
sei lá, sei lá, só sei que é preciso SINTONIA.
de cantar vagalumes, de sons ingênuos que de tão ingênuos nos trazem à mente a pureza toda que havia outrora.
me fez bem ouvir o som do violão, entoar agudo e grave, como antes! ah, mas como eu sinto falta disso... e se não há tempo, é tudo criação, então a saudade será uma estrada eterna, de simplesmente SER, porque ÉRAMOS um uníssono, como apenas são aqueles feitos pra eternizar o amor de ser humano, de coração para coração, sem mais haver nada que impeça a verdadeira amizade, pura, boa, que flui, cria, produz, envia pro Universo o BEM.

valeu demais, cada um dos dias que passaram, cada sorriso - e foram muitos! -, porque hoje sou mais, por ter na Terra e querer bem, pra deixar me querer bem, sem cobrança, sem posse, sem nada do que cegava. a venda já não há: fica o que é pra durar!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

thé à menthe - ensimesmado - parte II


mais uma vez...
como se um texto repetido, eu grito ao mundo a necessidade de se olhar em volta, de não se fechar porque, assim, se exclui, limita, e entristece, enfraquece sentimentos e sentidos.
a maioria das lições que aprendemos na vida vem de uma visão do outro sobre nós, do que se pensa sobre a gente, do 'parecer', que muitas vezes é expressão do que se tem dentro. passa-se imagens não condizentes, mas que não se retiram dos olhares de fora, e ainda retiram da gente muitas vezes boas pessoas. aí é que a gente tem de entender duma vez por todas a necessidade urgente de sermos mais os outros, nas escalas todas, sem hierarquizar, sem querer agir apenas em pontos grandiosos e que alimentam o ego, mas ali no mínimo, no que está do lado. fato é que muitas vezes a gente se cega pro que está muito próximo; mas estar do lado ignorado é difícil e, para além disso, dá uma desanimada no caminhar, se retém o passo, faz pensar de novo se realmente o que se tem é tão bom quanto parece.

eu sigo seguindo, mas agora não mais a passos largos, com 10 vezes mais cautela, já sem espanto se qualquer coisa não der pé.

domingo, 20 de novembro de 2011

cuidar

É o começo daquela vibração mágica que transporta os amantes do mundo das coisas e dos seres para o mundo dos sonhos e das revelações.
É a união de duas flores perfumadas; e a mistura de suas fragrâncias, para a criação de uma terceira alma.Assim como o primeiro olhar é uma semente lançada pela divindade no campo do coração humano, assim o primeiro beijo é a primeira flor nascida na ponta dos ramos da Árvore da Vida.

Kahlil Gibran



É como se cada beijo nosso fosse o primeiro...



e nessa sina de se ensinar, vem de repente uma tarefa que pode até parecer simples pra alguns, mas pra mim é um enorme desafio. cuidar. cuidar do que se gosta, se doar, e gostar disso!

nunca cuidei. de ninguém. talvez tenha cuidado de sentimentos, mas mesmo assim talvez não com tanto afinco. acho que agora tem sido de fato a lição que eu precisava, pra saber do gosto bom que tem servir, oferecer, seja um sorriso, seja uma boa conversa, seja uma comidinha fresquinha, uma companhia amável.

aí se tem a certeza de que é possível estender pra todos os âmbitos da vida um ato específico!

claro que ele é quem tinha de me ensinar isso. ele é em si uma grande lição, uma grande vivência, a cada nova palavra que me profere, cada argumentação tão sua.

reencontro? ah, acredito. mas acho que é até mais que simples reencontro. é vida produtiva um no outro, é sentimento há muito esperando pra se re-criar e agora finalmente encontrou lugar nos dois corações da gente.

tudo agrega quando ao lado! soma no meu coração...

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

centésimo vigésimo terceiro dia de pensar em você


ia faltar tinta pra parede toda ser azul;

aí por que não marcar aqui essa família bonita que começa agora?

meus dois gatinhos, do zóio azul e do zóio verde!

eles alegram meu coração, com miados, botinhos, beijinhos e carinhos - sobretudo, eles me mimam na medida certa, não me deixam esquecer que sou especial, que meu colo é aconchegante...

um dorme no meu colo o dia todo, e o outro também me deixa dormir no colo dele.

são minhas lindas companhias, meus amores gratuitos, as expressões que tenho de sinceridade e espontaneidade!

lugar no meu coração, eles têm de sobra!

o do zóio verde é a minha paisagem, meu amor produtivo, e as conversas não têm fim, assim como a imensidão do que a gente viu-compartilhou na pedradocoração. eu penso nele e sorrio, sorrio horas a cada lembrança, já não faço uma comidinha sequer sem lembrar dele, sem querer que ele prove!

a paz que ele me traz é daquelas coisas inexplicáveis, parece até exagero tê-lo comigo o tempo todo no coração, somos nossos perto ou longe.

aí vejo por aí pessoas que andam juntas sem se ver, sem sintonia, sem o vínculo belo e necessário da admiração. pra se caminhar ao lado e compartilhar, há que se ter elogios pra fazer, boas qualidades pra lembrar, pra assim manter a chama, o encanto, de se olhar pro outro e saber que ele tira de você o melhor que você pode ser! e é assim, há 4 meses sou o melhor que posso ser! do ladinho dele e do filhotinho com patinhas na parede! e assim a gente vai desenhando a nossa história de cenas de filmes, de pedras mais altas, de vida, vida pura!

123 dias de nós. parabéns, mon amour! tem bolinho de fubá te esperando pra comemorar!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

nos resolvemos por subir na pedra mais alta


e a vida se apresenta. cada novo caminho que se coloca frente a nós é uma possibilidade de se eternizar um bom momento, uma boa conversa, uma vista impagável. viajar é preciso, é preciso! e viajar com leveza, com sorriso, não esperando nada mas sabendo que o que vier é lucro, que a chuva pode cair, o céu não precisa estar exatamente do jeito que a gente quer pra que tudo se desenrole. Tudo sempre vai depender do olhar que lançamos pro mundo, pro outro, e pra nós mesmos.

às vezes parece simples de ver, mas há uma dura barreira para vencer a inércia, o estático. se acomodar é pouco-viver; não IR pra vida é se impedir de aprender, de observar, de refletir, de não refletir e só sentir. passividade diante dos dias resulta em um dia perceber que os anos passaram e aí, sim, não se tem mais fôlego pra realizar o inesperado. tem de sempre aproveitar o agora, o já, o imediato, o espírito clama pelo agora pra com ele se aprender, se renovar, respirar, caminhar, sentir sempre o novo!

You fritter and waste the hours in an off hand way
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way

Tired of lying in the sunshine, staying home to watch the rain
You are young and life is long and there is time to kill today
And then one day you find ten years have got behind you
No one told you when to run, you missed the starting gun


bom é recomeçar, não perder o barco, acompanhar a vida que é como se fosse um rio! Vai passando, passando, sabe queda de cachoeira? a água vai correndo, caindo, e nunca, nunca vai voltar, só vai caminhar pra frente, sem jamais se repetir. a natureza já mostra no seus detalhes o que a vida é. nunca volta, nunca se terá chance de fazer nada de novo. a felicidade está aí, não pra adiar e abraçá-la daqui alguns anos, quando tudo estiver melhor: ela está aí agora, o presente é que se detém, a única certeza plena é o exato instante em que se está.


ah, mas que sorte, ele tá do meu lado, caminha comigo, compartilha, sobe estrada, só pára quando chega lá na ponta da pedra do coração. companheiro, amor, parceiro, espírito simpático. só tenho a agradecer aos céus por tudo, por ter vivido tudo que vivi, por ter sido presenteada com o pedro-da-minha-vida, que define comigo o traçado do nosso sentido!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

é você, só você que na vida vai comigo agora


ah, coração...

já não há motivo, nada a temer
é aqui, chegou a hora!
eu canto em sonhos pra teu sorriso eu merecer.

eu hesitei, eu não sabia ao certo, eu parava às vezes pra ver se era mesmo essa a estrada certa. agora não tem um resquício de dúvidas: sou inteira dele, de um jeito inédito, que o coração parece que vai saltar do peito só com o olhar!

meu companheiro de viagem, belezura, doçura, querubim, minha melhor parte! essa praia que vem depois das pedras só conhece quem de fato entrou no meu coração, quem nessa vida eu tenho com amor. nem à toa é a praia dos amores...

de agora em diante, só quero o verdadeiro, o sincero, o olhar dele em mim-pra mim, o gosto de ter encontrado a medida depois de um quarto de século de espera.

e ó, sem exagero: ficaria por anos a fio nessa sombrinha dessa pedra, juntinho de você... afinal, voltei a ser criança do seu lado, apaixonada inteira, boba mesmo...

que bom que você apareceu!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

só o tempo sabe agora como é que vai ser...


bem meu, eu sonhei hoje cedo que nós largamos a cidade e fomos morar numa casinha bem, bem antiga que fica em cima de um rio, na estrada que vai pra cachoeira de monte alegre do sul. exatamente na curvinha da cachoeira do sol. você, meu sol.

cá comigo fica teu sorriso e tua vontade de seguir vivendo, pra amparar a minha tristeza agora. fica também tudo aquilo que você me ensinou, todas as risadas compartilhadas, as viagens que ficaram pro porvir - ou não. tem detalhes que vão sumir na longa estrada que transforma tudo em quase nada. mas não tem nada, não: só guardo o que foi bom no meu coração. vai ser difícil esquecer tudo que passou. esquecer? oras, mas quem foi que falou que se esquece amores? a gente não vai esquecer nunca, lindeza, na verdade a gente vai mais é lembrar, relembrar, escutar nossos sons de passarinho, de água de cachoeira. você também é de rio, como eu. somos ou fomos uma linda conexão de alma, de sincronicidade absoluta - mas erro foi achar que talvez nosso sentimento pudesse dominar os mundos todos... o tempo vai tratar de olhar por nós, recolocar no lugar o nosso coração, do jeitinho que tava quando te cruzei numa ruinha bonita. só que agora são 2 corações cruzados, que se ensinaram, se uniram, numa pureza que hoje em dia nem se atreve a lançar!

nesses dia em que nada parece trazer acalento pro meu coração, minha belezura, eu clamo que isso tudo seja um pesadelo e que daqui a pouco eu acordo, abraçada com você, com seu peso das mãos na minha cintura, e um sorriso no rosto de 'bom dia, minha anja. vamos levantar?'. e será um feriado qualquer, um domingo, um dia de folga pra ter namorado [só que você foi bem mais que namorado, tem palavra que exprime não!], pra ser feliz bem juntinho, oferecer sorrisos lindo pra você, e flores, e vida, meu anjo, muita vida entre as nossas mãos, nossas danças bobas sem música, nossas maravilhas dispersas no ar, a sua casa de mezaninos, a minha casa de mezaninos, a nossa casa, o nosso, o seu olhar em que eu me vejo bela.

o cheiro tá em casa ainda, tá tudo fresco na mente, os sentidos pedem, a conversa parece que foi interrompida bem no ápice das idéias. dá pra evitar de chorar não, meu anjo. só que eu não solto sua mão. solte a minha também não. você é a música mais bonita do meu coração.

às vezes nem adianta nada ter uma explicação. tem de se aprender a lidar com a vida nas suas peças, desventuras, desvarios... mas, olha: me diga agora, como hei de partir?

ah, se já perdemos a noção da hora
se juntos já jogamos tudo fora
me diz agora como hei de partir
ah, se ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos devarios
rompi com o mundo, queimei meus navios
me diz pra onde é que ainda posso ir
se nó, nas desventuras das noites eternas, já confundimos tanto as nossas pernas,
diz com que pernas que devo seguir.

como for, não importa: vou seguir, só esperar esse dia passar - e certamente será um dia daqueles de 400 horas! sorte que o tempo passa, meu lindo. vai passar e reiterar a beleza de ter tido você, de termos caminhado juntos esses poucos dias, mas que foram muitos, foram felizes, vividos, intensos, dias brancos, dias de luz, e nesses dias eu tive um mundo lindo nas mãos, que só poderia ter sido porque foi ao seu lado.

obrigada pela jaqueta, pela pedra-com-vinho, pelas tardes na usp. obrigada, meu anjo, por aquela sexta-feira que só a gente sabe. obrigada também por ter brincado no parquinho e pela noite na estação de trem. obrigada pela praia, pela blusa que me emprestou preu não congelar na volta! muito obrigada, sobretudo, pelas viagens em que me colocou na garupa, pelas estradas novas que me ofereceu, pela companhia em tantos céus. obrigada pelas comidinhas que me trouxe sempre, por me ajudar a cuidar do nosso filhotinho! obrigada por me inserir na sua paisagem. obrigada pelos últimos dias que foram lindos, tão lindos que me estremecem de lembrar. obrigada, pedro. obrigada por existir em mim.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

nossa sina é se ensinar - a sina nossa é...


16:00, perto de estação de trem de cidade grande, desde o primeiro olhar e o abraço sem fim, sem fim, que não sobra nenhum espaço dentro! aí pega estrada, e cada pedacinho de chão bem observado, bem vivido. entra em minas, montes, campos, estradas reais, de onde pareço ter vindo! andança, companhia, risada, amor nascendo-crescendo-construindo-histórias.

só que não acaba, porque tem o dia que começa, a vista que ele me apresenta, a conversa de frente presse infinito horizonte que o brasil abriga,o entendimento, e até mesmo o desentendimento, a alegria de estar junto, em movimento, seja andando, seja se olhando à noite.

os instantes surpreendem, e por isso que se deve pôr um sorriso no rosto, esquecer qualquer contratempo inválido e ir, encontrar e começar a caminhar por uma nova estrada.

a gente compartilha, se diverte, ri, sorri, faz bico quando precisa, mas o bico logo vai embora e fica o abraço, vai qualquer insatisfação e vem a noite abençoar a gente com um show de estrelas, com uma chuva que vai chegando devagar e que se ouve o vento dum jeito esplendoroso, mostrando sua força diante da nossa pequenês.

sobretudo, a companhia bela, revestida de encantamento - que não passa nem há de passar! -, calma, gosto bom, risos harmoniosos, dança compassada. dançamos juntos, bem meu! como dois lunáticos, bobos, de graça infantil quando nos olhamos. de crença no infinito, no que está além dos olhos, além dos sentidos, depois que se fecha o olho e abre e vê o outro ali entregue. céus, como é bom esse encanto, essas horas todas compartilhadas, os sorrisos que me oferece e os que esboço. ele sabe que me ensina até com seu jeito de caminhar, de contemplar, de tocar. eu aprendo, vivo, SOU pra ele com ele nele junto a ele lado a lado com ele. é minha raridade, meu gosto infinito de natureza, é o sentido mais puro que já provei!

aí, quando se chega, o descanso do canto nosso, uma conversa linda de rememoração, constatação do quanto já somos parte um do outro, de que já nos conhecemos desde antes daquela rua de paralelepípedo que me trouxe essa lindeza, essa paz boa de sentir.

eu sou mais que era há 3 dias atrás. eu tenho mais memórias, mais carinho, mais amor, mais VIDA!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

a um sábio de estradas


Bem, neste tempo todo em que nós conhecemos, vivemos um monte de coisas. Dos paraísos aos infernos que todo ser humano deveria viver estávamos lá. O tempo se passou e muita coisa mudou. Vc se apaixonou algumas vezes, foi morar em outros lugares, andou pelas estradas do interior(que eu costumava conhecer, sonhou, sorriu, chorou, brilhou. Eu por minha conta, bebi, chorei, ri, me aaquietei, sorri, me apaixonei e desapoxonei e tudo o mais. Mudamos nisso tudo. Quanto a mim, digo que aceito com mais tolerância Beatles, violões,MPB e coisas assim. Vc deve ter mudado também. Dá pra sentir isso na sua voz, no seu olhar e no seu cabelo. Senti mágoas, mas as mágoas passaram. Tudo passa ou pelo menos vai para um espaço rasurado no meio da gente. Lembro constantemente do seu tom de voz, do seu riso frenético, das suas interpretações aguçadas para me chantagear e isto tudo continua vivo nas paredes das almas de outras pessoas. Não mais como protagonistas vivas, mas como inscrições, marcas, registros, falas suas que dão um sentido a minha vida agora.

A vida é assim. Nunca se apaga, sempre se rasura. Se a vida é fácil, evidntemente não é. Se é boa ou ruim, dificil saber. Só sei que a Vida é bela. Deleuze dizia isso(vc nunca deu bola, ahaha!!!). Mas a vida é bela. Não por sermos felizes, alegres ou bonzinhos. A vida é bela, porque nela ficam traços, escritas, músicas, gravações.Riscam-se cavalos pretos, limeiras,pantanais, osascos, ratinhos falantes. E tudo isso vai compondo um quadro, um poema, que vc pode não gostar muito, uma música, um tecido, um vestido e uma flor.


Vc foi isso e é isso. Um feixe ou bloco de sensações que um dia apssou pela minha vida e que ao riscá-la com seus gritos, risos e olhos claros fez da minha vida simplesmente vida. Agradeço vc por isso. Muito. Porque vc ao encher meu saco encheu minha solidão de nuvens( eu costumava falar com nuvens e vc era nuvem). O sentido da vida não está dado, ele está sempre por vir, por ser atualizado na assinatura destes riscos. Me arrisquei e vc me riscou. Me mostrou isso, me fez isso. Agradeço muito. Me mostrou intensidades na vida!!!

Não dá pra dizer Feliz Aniversario, muitos anos de vida(isto é trivial). Dá pra dizer Bruna, Feliz Bruna!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

segue seu destino, violeiro


Dói em mim também.
Mas vai passar. É só seguir seguindo, cada um o seu caminho...

Eu conheço o medo de ir embora
Não saber o que fazer com a mão
Gritar pro mundo e saber
Que o mundo não presta atenção
Eu conheço o medo de ir embora
Embora não pareça, a dor vai passar
Lembra se puder
Se não der, esqueça
De algum jeito vai passar
O sol já nasceu na estrada nova
E mesmo que eu impeça, ele vai brilhar
Lembra se puder
Se não der esqueça
De algum jeito vai passar
Eu conheço o medo de ir embora
O futuro agarra a sua mão
Será que é o trem que passou
Ou passou quem fica na estação?
Eu conheço o medo de ir embora
E nada que interessa se pode guardar
Lembra se puder
Se não der esqueça
De algum jeito vai passar

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

se você vier até onde a gente chegar...


subir e escalar pedras sempre une pessoas e corações... FATO.
eu confio quando ele me dá a mão
eu me sinto segura do lado dele, sabe quando parece que nada no mundo pode te parar, ou te deter, ou te tirar a liberdade?
o caminho é belo, a voz agrada - assim como todo o resto me agrada: o cheiro, a pele, o toque.

e no meio do barulho das águas caindo, tive os sentidos mais belos e puros. sentidos que uniram a alma, o corpo, o espírito, o sopro de vida, o sentimento, o abstrato, o concreto, o que se vê e o que não se vê. sons tantos, pássaros, caminhos de água cada um fazendo uma melodia única, e o som de dois seres que por um instante - que dura horas - foram pro meio do mundo, e ficaram suspensos juntos, entrelaçados, como se, separados, já não tivessem mais sentido(s).

sentidos que não saíram de mim ainda, e eu os cultivo aqui, e cultivo esse presente que tenho com companhia rara.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

capítulo 19 - o devaneio



beeeeeeeeeesha, corre prá cá, tô em pinheiros, tô na estação de trem, aloka-ahan, vamos comprar cerveja no pão-de-açucar, amór, economiza, bora um chopp duplo? uma bohemia dupla? ow, vem cá, vamos dançar, eu sou o homem dessa vez, ok? tá, eu sou a mulher agora, mas você sabe que eu não sei ser guiada. você sabe de tudo, você me entende. é, eu sou egoísta mesmo, me desculpa? catch me, raj!, thiaguinho, me pega!, vâmo pra prainha?, e essa unha que não cresce?, caralho, caralho!, bixa má!, me dá o freddy mercury prateado?, pára de fumar, amour, tá todo mundo louco!, eu quero é mais, vá tomar no cu tranquilo, sozinho, preocupado, do jeito que preferir... e hoje, eu vou praí ou cê vem prá cá? ah, traz um saint remy, ou a gente compra cerveja no econ?, ah, vem pra cá, te empresto roupa. vamos ficar velhinhas juntas? a gente adota umas crianças e já era... ai, que caro! tudo é caro nessa cidade. de novo, vâmo pra prainha? bora? beleza, 5 horas na paineira! ai, que trem lento, beeeesha, desse jeito vai ser difícil retocar o bronzeado... ah, pára de cutite, vai, bi! ow, vamos engravidar juntas? ai, vamos pro esquenta, pro pagode, pro rodeio... pra onde? pra minas? ah, tem essa cidade, extrema. bora? ok, amanhã cedo então. carro? nada, amor, o negócio é o trem. leva tênis. ah, chega mais cedo, vai? paranapiacaba? ah, já ouvi falar. ah, vamos e pronto, ah, fala que tá doente, inventa uma dor e já era. she's a good girl, crazy about Elvis. putz, mas o Elvis também, eu caso... qual a mais barata? ai, que frescura no rabo essa Estela, cerveja cara da porra! ah, vâmo bebê aqui mermo, rua bonitinha, quem precisa de mesa de bar? ô, caruso, vende essa máscara pra gente, passa essa porra pá cá! caramba, choveu o dia todo nesse primeiro dia do ano, e eu não paro de vomitar... nunca mais caimos no papo de pinguço, do tenentinho do bar... ressaca desgraçuda! vamos ver closer de novo? putz, eu sou mais parecida com a cristina, e você com a maria elena. ou o contrário? HAHAHAHAHAHA. vamos pra olviedo? má oi, rrrrodando e se fudendo! zezéeeeeeeeeeeee, caramba, não fomos no show. PQP! Penélope? Que nome diferente... a gente namora. ah, uns anos já. ai, que bom que a gente veio! santiago é a melhor praia, né?

vira à esquerda, anda um pouquinho e tem uma árvore grande, mas pra mim todas são grandes... ah, vamos voltar... oi, boiada, sai correndo! e chora e continua e encontra! putz, que belo banho de cachoeira!ÔW!

não é o 61, não?

faz trança em mim? caramba, como eu te peço as coisas, né? tá, parei. vou aprender a fazer as coisas sozinha.

eu tô aprendendo a cada dia. mas não é fácil ficar sem você.

eu preciiiiiiiiso de um companheiro, digo, digo, de uma cerveja com você, voa, beeeeesha!

ao que é sempre novo! (a nova estrada)

três
inesquecíveis
meses

e, olha, sinceramente? parece que cresce a cada dia o meu encantamento
a minha admiração
a sinceridade no sorriso que eu ofereço e que recebo
o brilho nos olhos que naturalmente a presença dele espelha
o sincero carinho cultivado
os risos e sorrisos e carinhos todos compartilhados quando perdemos a noção da hora entre-beijos

é aconchegante o abraço, tem perfume que agrada todos os sentidos
não penso em tristeza, nem me sinto cobrada ou sufocada. só me desperta bons ventos, bons sons, música boa pros ouvidos e pra alma.

é de dar saudade da boa, vontade de tomar sorvete em pracinha de cidade pequena, de construir casa no campo com rede na varanda, de viajar ainda muito, muito, enquanto a perna aguentar e tiver estrada pra conhecer!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

porvir


a matriarca da família, que todo mundo respeita e vai chorar no colo
uma pessoa da família, sabe?
toda a família vai em casa fazer festa, passar o domingo
e as meninas me perguntam se podem namorar os meninos, aí trazem eles pra eu conhecer
a casa bem aberta e arejada, com bastante luz entrando
tem varanda?
tem sim!
e um quintal.
e muita gente, de todas as idades
e todo mundo conversa de igual pra igual nao tem essa de criança, adolescente, adulto...

a casa é perto da cachoeira.
dá pra ir a pé e voltar pra almoçar

e as crianças que lavam a louça pros adultos deitarem na rede...


a emoção de saber que esse menino que gosta de política e conversa bem pensa de mim exatamente o que eu hei de ser!

domingo, 9 de outubro de 2011

pra ELE


Como dois estranhos,
Cada um na sua estrada,
Nos deparamos, numa esquina, num lugar comum.
E aí? Quais são seus planos?
Eu até que tenho vários.
Se me acompanhar, no caminho eu possso te contar.
E mesmo assim, queria te perguntar,
Se você tem ai contigo alguma coisa pra me dar,
Se tem espaço de sobra no seu coração.

Quer levar minha bagagem ou não?
E pelo visto, vou te inserir na minha paisagem
E você vai me ensinar as suas verdades
E se pensar, a gente já queria tudo isso desde o inicio.
De dia, vou me mostrar de longe.
De noite, você verá de perto.
O certo e o incerto, a gente vai saber.
E mesmo assim,
Queria te contar que eu talvez tenha aqui comigo,
Eu tenho alguma coisa pra te dar.
Tem espaço de sobra no meu coração.
Eu vou levar sua bagagem e o que mais estiver à mão...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

velhos amigos


elas me trazem lindos sorrisos, boas conversas e risadas sempre na hora errada, sempre de madrugada quando nem se pode fazer tanto barulho...
elas têm de mim um pedaço lindo de passado e vontade de futuro, de encontros pelas ruas de são paulo - ah, mas só com elas essa cidade faz sentido! -, de vinhos abertos em bares na paulista ou bebedeiras bobas na augusta, na eca, na vida, enfim. porque cerveja, dreher e histórias a gente encontra em todo canto quando se tem boas companhias!
elas me completam de um jeito que só a bruna-criança entende, me dão vontade não crescer, de construir um mundo em que nada, nada nos faria tirar o pijama e acordar, e seria tudo uma madrugada cheia de risadas infindas, com vinho, sem vinho, seja facundo,seja vinho chique, seja o que for, o que vier, porque, afinal, velhos amigos são assim, são tudo que se pode querer ter no coração!

Velhos Amigos, quando se encontram,
trocam notícias e recordações;
Bebem cerveja no bar de costume
e cantam em voz rouca antigas canções!

Os velhos amigos quase nunca se perdem;
Se guardam para certas ocasiões.

Velhos amigos só rejuvenescem
lembrando loucuras de outros verões
E brindam alegres seus vivos e mortos
E acabam a noite com novas canções!

Conhecem o perigo, mas fazem de conta
que o tempo não ronda mais seus corações.

E que os dias nos tragam as outras, em mais e mais bares de outrora, em mais conversas de rememoração, em mais novos dias e novas canções!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

à confusão e ao Sol


o corpo quer, o sorriso chama, o cheiro tira o chão, o toque, a mão, a companhia, a calma, a tranquilidade... mas a mente não vai não...
só que aí tem tanta coisa martelando um 'não', e vai ficando difícil seguir viagem.
ai, que falta me faz ter a minha princesa por perto, pra viver descalça, pra enxergar a magia que tem os lugares novos e os caminhos até esses lugares novos.

parece também que agora eu vou parar, aos poucos, parar... dar um tempinho de voltar pra cá, pra dentro. eu não podia espantar o novo pra re-atrair o que já está quebrado... não me faria feliz. mas posso ficar sem passado nem presente... posso??

sabe lá... falta tanta coisa na minha janela, como uma praia.

mas, ó: tem nada, não! tenho meu violão... e o abraço dele pra lembrar, o show do teatro mágico pra voltar, o beijo pra sentir quando fecho os olhos!

quem sabe ainda não dá certo aquela idéia de colecionar nascer-de-sol? tó aquele da prainha branca que não quis dar o ar da graça: fui lá buscar procê umas nuvens coloridas :)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

ao que é puro


caramba, caramba, caramba!! que amor puro, que transborda o tempo todo em gestos, em olhos, em despretensão! que raro tudo isso de que eu, honrosamente, faço parte no coração!

dá até vontade de criar raiz, construir, pedaço a pedaço, uma família bonita daquela, que não se fechou em laços e agrega toda alma que ofereça e careça de amor! as lições vêm de pessoinhas crianças, lindas, lindas, de carinhos sinceros que me tornam tão MAIS, mais feliz, mais vibrante, mais contente e com mais e mais motivos ainda pra ter certeza do quão bela a vida é!

e, sem dúvidas, o meu castelo de amor fica ali!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

o sorriso e a beleza


é raro encontrar hoje em dia, ainda mais em cidade grande assim sem cor, seres de luz, de corzinhas sutis porém fortes. mas nessas curvinhas de praça que aparecem sempre, da mesma natureza de ruinhas de paralelepípedos em dias chuvosos, a vida me trouxe alegrias de essência. sabe dessas alegrias que você não mede, não meticula, não exagera, mas sente sincero? o sorriso, a voz, o que a voz diz, o que os olhos dizem, a espontaneidade que hoje tão pouco se vê... e fica aquela vontadezinha de um dia ficar do lado horas, brindando a juventude bonita, em músicas raras de som doce e choroso; e beber junto, sobretudo COMPARTILHAR o que a vida tem de maravilhoso, o tempo, o céu, a vida!

Bom é nunca se acostumar com pouca coisa, reconhecer os bons encontros, porque bem se sabe quando alguém tem luz! E fica a vontade de doses maiores de boas pessoas!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

à palavra


hoje, particularmente, é daqueles dias em que se ensaia pra tomar uma atitude diante da vida. mas ficou no ensaio, porque tem palavra que machuca a gente e não se pode retirar. há pessoas que machucam a gente e delas a gente pode se retirar, se quiser. hoje, agora, eu ando querendo. eu ando querendo é verdadeiro sem tristeza, sem peso.

fica a dica a quem quer falar, expressar, comunicar: cuidado. cuidado porque existem princesas que com pouco se machucam, porque palavras têm sentido por si só e segunda-feira é o dia da palavra. então, esperem até terça ou então primeiro formula a questão e depois expõe. é equívoco acreditar que sair falando seja o mesmo que manter a comunicação aberta. pra tudo há que se haver destreza, preparo. a palavra só é tão irracional quanto o instinto puramente: pra bem usá-la, vale uma dose de precisão, adequação. afinal, corre-se o risco de, no caminho, se encontrar alguém que valoriza o que foi dito e demore, demore, demore, demore a digerir frases que agridem.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

fecho os olhos, mas vou


vou se for recebida, e me perco nas tramas de uns cabelos, de uns segredos. de repente, parece que me armei de esperança e de ousadia, porque não é à toa, de modo algum, que se sente tão profunda e belamente. só ouvir algo que se assemelhe a um 'venha'.

sábado, 20 de agosto de 2011

à loucura


mas se for loucura livre, se for de pés descalços. a loucura urbana é sem sentido. engraçado, se aprende no ônibus e no trem mais do que se poderia dentro do seu próprio carro. só sair de si um pouco e procurar a verdade de cada um a sua volta, cada vida espremida, omissa, reprimida, assim como você, eu, nós, que vai pro seu trabalho todo dia sem saber se é bom ou se é ruim

as pessoas estão loucas; loucas e doentes. é fácil perceber - e sinto que, quando/se caírem em si, se sentirão imensamente ridículas. o que faz alguém acreditar, de fato, que somos sortudos por estarmos em São Paulo, e que esse é o centro do Brasil no que diz respeito à cultura e a tudo o mais que há? A cultura está em tudo, qualquer produção nacional é cultura brasileira, oras! como desmerecer o frevo, o funk, o vanerão, o cordel? cultura, aqui, virou teatro e cinema e só. uma dita 'elite intelectual' dita as regras do que é som de pobre e o que é som de gente distinta. aqui tem gente presa, enclausurada numa idéia fechada de cidade que, no fim, consome o nosso tempo e toma nossa vida, fazendo-nos apertar parafusos todo dia, todo dia a gente faz tudo sempre igual e, no fim do mês, quando cai o salário, a gente tem a ilusória sensação de que valeu a pena. pagaram pelo nosso tempo, pelo tempo que podíamos estar com nossos filhos, irmãos, amigos, companheiros de jornada, olhando para céus bonitos, sentindo sons de passarinhos, ouvindo música boa pra alma, seja ela qual for. não me parece válido se contentar com a cidade porque se tem 'tudo' - leia-se: possibilidade de encontrar qualquer coisa pra fazer às 3 da manhã porque se vive imerso numa profunda solidão que nem mesmo nos deixa dormir...

quando é que a gente vai se dar conta, de fato, que a natureza é necessária e urgente pra gente saber das coisas mais bonitas e sutis? pra quando fica a consciência de que não é preciso matar a natureza pra sobreviver, nem perder o tempo-vida em prol de um meio de produção fadado ao fracasso, se não dele próprio, dos subsídios da Terra?

gente... só pensar. a conclusão é uma e única: aqui tá precisando de mudança...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

thé à menthe - ensimesmado


Fato: é uma arte sair de dias exaustivos ilesa. Cá estou, ilesa, e profundamente em paz. Porque sei, agora, mais que ontem, infinitamente mais que mês passado, quem eu sou. Eu sou de voz alta, de muitas palavras, de muitos olhares e sobretudo eu sou de compartilhar. Ah, sou. E não hei de deixar de ser, oras, porque nada de ruim pode haver em querer compartilhar. Há pessoas que, de tão mergulhadas em si mesmas, esquecem de olhar o outro, que tá do lado, que tá perto-junto. Na tentativa de encontrar felicidade, abrigo, cura, elevação espiritual, tem gente que se tranca dentro de si, só vê o eu e pensa ainda que está de fato no caminho certo. Ver o mundo de olhos arrogantes não tem serventia não. A arrogância é um dom maldito, que a maioria tem, eu tenho, tu tens, ele tem. Mas ela cega. Ela cega, faz perder, faz minguar. Não há um só caminho pro bem ou pra felicidade ou pra "transcendência": o que existe são seres diferentes em essência e atos, e TODO SUJEITO É LIVRE PRA CONJUGAR O VERBO QUE QUISER. Por véu nenhum se é válido deixar de ser-se mesmo. Quando se deixa de ver o externo porque tudo se encontra no interno, acredite: se esgota, se fecha, deixa-se de criar. A vida tem de ser produtiva, produzir momentos, produzir presente - e pouco as pessoas sabem sobre o amor produtivo... Aprendemos sempre, a cada novo espetáculo (leia-se instante!); mas isso não significa anular-se. Eu, que sempre conjuguei da forma minha, não calo mais a Bruna, porque nem é necessário. Passada essa gripe última, volto renovada e livre!


E cá aproveito, ainda, pra lembrar que dia 10 de Agosto são 5 anos que conheci um sábio de estradas que fazia aniversário, de cores fortes, blusas vermelhas, boné amarelo e boleros bonitos. Só tenho a agradecer pelo nunca julgamento, pela sempre compreensão! A vida será sempre linda pra ele!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

re-descobrir


Tudo é sintonia, minha cara. Tudo é questão de estar subindo a mesma escada, seguindo a mesma estradinha de tijolos amarelos pra encontrar o mágico de oz.

Se sentir ligado a alguém é sentido demais, é forte demais, é o tipo de sentir-por-dentro, de querer o bem acima de todas as coisas. Tenho sabido de coisas incondicionais duns dias pra cá, tenho desacelerado o passo, segurado o freio. No fundo, porque sempre estive disposta a fazer isso. Porque sou de rio, e o menos me acalma, o sutil me alivia. Queda forte e onda é bom, faz bem, mas tenho natureza de águas calmas.

Nas tentativas dessa que se põem pra gente ser melhor, tenho tentado aproveitá-las todas, todas. Pra que eu sinta o mundo em mim, sinta as mais diferentes verdades e aplique nos atos essa anarquia que são meus pensamentos.

Eu tenho na vida belas coisas, belos dias, e belos sentimentos também. Agora eles são de mim parte mais explícita, porque por vezes a vida traz pessoas-instrumentos-de-amor que vão aos pouquinhos fazendo enxergar que existe mais, muito mais. Pessoas que têm voz gostosa de ouvir, abraço bom de dar-e-receber, conforto gostoso de dias bons!

E eu tenho lindos quês de fruta mordida...

Como se fora brincadeira de roda... na dança das mãos macias
O suor dos corpos na canção da vida

Redescobrir o sal que está na própria pele

Redescobrir o doce no lamber das línguas

Redescobrir o gosto e o sabor da festa

Entender que tudo é nosso, sempre esteve em nós

Somos a semente, ato, mente e voz

Tudo principia na própria pessoa

Vai como a criança que não teme o tempo

Mistério!

sábado, 23 de julho de 2011

frisson


eu encontrei uma pedra linda, linda em paranapiacaba. pedra de rio, de pureza e energia forte, que revigora e traz paz.

a gente fica tentando achar palavra no meio de conversas trôpegas misturadas com carinhos desacelerados e ausência de tempo.

não sei se falo, se calo - dá vontade de dividir o pensamento e o sentido num ato só. e talvez a gente até esteja conseguindo...

os últimos dias foram fruto de imaginação, merecimento, re-encontro necessário e urgente, sabe-se lá. e também, quem liga? de onde venho, não importa, já passou. o que importa é saber pra onde vou. e pra onde vou eu levo!

engraçado que quando a vida já aprontou com a gente, já trouxe-e-levou[pessoas]-e-deixou[saudades], parece mesmo que tudo que aconteceu antes era só preparação pra o que havia de surgir, numa rua fria de paralelepípedo em tarde de bom pressentimento feita pra escutar e reiterar que a amizade sincera é um santo remédio, é um abrigo seguro.

é...

dá pra largar não! não tem nome, é bom, é frison, é êxtase que parece lance de alma e espero mesmo que não haja remédio pra esse dormir-acordar sorrindo.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

À UNE PASSANT


As palavras me despertaram de tal maneira hoje, que não sossegam até que ganhem corpo e expressão real. Nada custa tentar...

Desde lá, eu me sinto completamente apaixonada por ele. Eu, justamente, com essa dificuldade toda de gostar de alguém, com essa impossibilidade de sentir imediato. Eu costumo precisar de tempo, de costume, de convivência. Mas foi bem diferente com ele. Não tem medida, e absolutamente qualquer coisa que eu pense-escreva-diga parece um imenso exagero e falta de bom senso, talvez. Parece até que eu tenho uns anos a menos, não se sente isso quando adulto, suponho. Como se eu gostasse de alguém que não sabe, nem me olha, nem me vê. Já eu, figuro vê-lo de novo, eu finjo em outros beijos que tem o gosto dele. Eu quero sentir o beijo dele, é fato. Nunca quis sentir beijo de ninguém, mesmo porque eu nem tenho essa fixação que tem a juventude em gastar a mandíbula... Mas sobretudo eu quero sentir o olhar dele, que é lindo, que me fez ficar umas horas a mais ali embasbacada com a presença dele, mas que me teria feito ficar por anos e anos se tivesse me pedido.

Talvez eu esteja desde lá fantasiando um ideal, mas pouco importa. Sentir assim tão forte e profundamente alguém não há de ser à toa. Se eu fechar os olhos, eu posso lembrar exatamente da nossa conversa longa cheia de detalhes e sentidos pra mim. Eu quero sentir o abraço dele, ouvi-lo nas músicas, sentir o cheiro da pele, olhar os olhos castanhos profundos dele bem de perto, pra me perder sem ter tempo algum contando. Eu quero descansar nos braços dele, mesmo não sendo uma sereia bonita, e quero JÁ! É necessidade urgente dele, vontade das conversas, vontade dele todo perto. Eu me sinto tão apaixonada por ele que é como se eu precisasse fugir pra lá a toda hora. Eu quero, mas tenho medo. Confesso que mais de uma vez esse medo me paralisou na direção dele. Mas agora tem sido tão diferente: agora é urgência, agora eu me pego com os pensamentos nele a todo instante, olhando longe.

Já faz muito tempo, e é tão forte assim aqui. Engraçado; embora o pretenda em qualquer canto do mundo, eu não quero trazê-lo pra cá: quero ir encontrá-lo na sua calmaria, eu que tenho sido furacão. Quero os ares do seu mundo, que têm ele e a sua voz.

É intenso, mas não atordoa. Pode esperar - mas não quer. Me completa só por existir - mas é parte de mim o dia todo na ânsia de vê-lo e senti-lo sem demora.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

era uma vez, no mundo real


Ah, minha amiga, minha flor, meu refúgio de realidade. É bom ignorar a verdade quando ela é tão desgastante. A gente foi crescendo e entendendo os propósitos das pessoas, e hoje já sabemos o quão vil alguém pode ser. Meu egoísmo e a sua loucura são perdoados quando se pensa no tanto de indignidade que vemos por aí. Hoje, nós temos tantas certezas cristalizadas, como o fato de que os homens são mesmo animais e nunca, jamais algum deles será capaz de nos trazer a felicidade absoluta. Porque felicidade absoluta precisa de entrega e encontro furtivo todos os dias. E nem por sabermos disso nossa vida se colore mesmo. Ah, minha princesa-cigana, somos deusas, loucas, feiticeiras, e não podemos nos permitir sofrer de nenhum modo. E já não sofremos, acredito. Você já leva a vida com essa naturalidade peculiar, com essa leveza de pés descalços, me ensina? O tempo vai passando e nós, mais bonitas, mais seguras, mais livres de tudo. Não se demora o dia em que pegaremos um ônibus pra Minas ou pra nossa aldeia no meio do mar e não vamos nem levar o dinheiro da volta - ou vamos torrá-lo por lá mesmo, com coisas muito mais interessantes que um retorno pra nada, como é nosso retorno pra vida real. Eu e você, detentoras de uma realidade paralela que não É ainda em completude, mas já É em essência e já existe porque é plano nosso.

Eu tenho medo de ter ficado cinza, cinza como São Paulo. Mas aí eu me lembro de nós e se fazem fitas coloridas e bexigas roubadas. Eu digo que não, meu amor, mas eu também queria viver entorpecida. Eu lamento essa cidade, mas nem por isso não sonho com um canto verde-rosa-lilás-azul em que só se consome beleza, ar puro, liberdade e palavras vindas direto do coração.

sexta-feira, 18 de março de 2011

salada de frutas


ah, como é bão!! ficar sozinha com salada de fruta é quase que a perfeição do momento introspectivo.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Essa ofegante epidemia


Tem quem vai pra acampamento da Igreja, pra retiro espiritual, pro sambódromo, pra praia, pro interior de Minas Gerais, pra puta-que-o-pariu. Eu, esse ano, vim pra mim. Eu, que sempre viajei, sumi, desisti dessa cidade grande-estranha nesses dias de 'folga', dessa vez passo entocada. Sou toda de mim mesma, com meus interesses, minhas pequenas coisinhas como estudar grego tomando coca-cola, me depilar, arrumar caixinhas coloridas cheias de pequenos detalhes que não tenho onde guardar.

O carnaval é, eu diria, heterodoxo. Heterodoxo porque, na verdade, é um grande feriado colorido que é feito na individualidade de cada um. Não tem de ser pulado, mas sim vivido. E cada um escolhe como usa esses dias - e há, claro, quem não escolha nada e tenha que trabalhar no feriado. Esse ano, aprendi a ver beleza nos carros alegóricos das escolas de samba, mesmo tendo passado a vida toda achando tudo isso de desfile uma grandissíssima bobagem. Então, devo dizer que, mesmo em casa, mesmo sem liberdade de ondas de mar, como antes, eu vi cores virtuais bem coloridas e delas fiz encher meu coração, de beleza gratuita de pessoas felizes que vivem os dias todos num único ideal cheio de roupas bonitas e música animada.

Mas, pra mim, aos 80 anos, um carnaval seria como o de Limeira, na rua, tomando cerveja barata e vendo uma senhora, antiga amante do antigo prefeito da cidade, desfilar feliz cantando "Bandeira Branca", vendo pessoas felizes jogando confetes coloridos umas nas outras, andando às 4 da manhã a pé pela cidade pequena e bonitinha. Carnaval na minha alma tem marchinha, tem até as musiquinhas do Sílvio Santos, tem serpentina e máscara - esqueceram disso já? Gosto do pouco glamour, da simplicadade. De Pierrô e Colombina, quando nem se sabia quem era por trás da fantasia.

Pois é, no fim, saio desse feriado com vontades, idéias, tristezas de ausência, e a mesma e antiga indecisão e desconfiança. Mas é carnaval, afinal, de quê adianta desconfiar? No fim, somos todos iguais, cheios de pequenas mentirinhas carnavalescas e risonhas, cheios de inverdades que tanto acreditamos acabamos por construir fatos. Estou prestes a admitir que sou insuportavelmente pior do que a maior parte das pessoas que critico. Vou parar de criticar: quem sabe assim eu não me sinto mal por ser tão ruim.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

os caminhos mudam com o tempo...


Ah, bons tempos de mudança... Penso até quando poderei mudar tanto assim, num espaço curto de tempo. Porque, em certo sentido, essas mudanças só existem porque PODEM existir. Porque eu alço vôo rápido, eu respiro tudo que posso intensamente e quero outros ares antes de um dia achar a tristeza normal. Fato é que acabei me tornando uma menina implicante e impaciente ao longo dos ônibus lotados e dos trens abarrotados. Perdi, infelizmente – e espero que por ora -, o sorriso sincero de “bom dia”, a alegria de ver beleza em tudo que passa, em tudo que está.

Agora quero poder respirar aliviada, acordar em paz, dormir tranqüila, viver os segundos como se eles fossem uma linha contínua e eterna...

A vida foi bondosa comigo ao me permitir mudar dessa vez, e certamente farei por onde conseguir alcançar minhas metas, que podem parecer pouco, mas são minhas e me farão imensamente feliz! Assim, logo, espero, irei seguir todas essas regras:

Durma quando o sono bater e acorde quando Deus quiser

Assista menos TV, Cante no Chuveiro, escreva um livro, faça um filme

Se apaixone todo dia por você!

Pare tudo ao entardecer, não importa o que tiver pra fazer

Veja o Sol se pondo no mar...

Ria sem motivo, pinte um quadro veja desenho animado

E se apaixone de verdade por alguém!

Faça tudo valer a pena!

A vida é tão imensa e ao mesmo tempo é tão pequena...

Faça tudo valer a pena!

Dizer eu te amo não devia ser um problema.

Faça o que quiser fazer, fale o que a voz quer dizer

Que seja como tiver de ser!

Jogue o seu relógio fora, conte estrelas , molde nuvens

Se apaixone todo dia pelo mesmo alguém!


domingo, 23 de janeiro de 2011

da pedra mais alta


me decidi. pronto, subi, e agora? agora eu me jogo? olho antes pra ver certinho o terreno lá embaixo? mas sou tão pequenininha de cima da pedra mais alta... eu queria lembrar do rosto, da voz. eu lembro das palavras, da sutileza, da paz que me deu passar aquelas horas ali. lembro dos gestos tão mais incríveis do que eu jamais poderia ter. eu lembro bem de tantas coisas, mas eu queria parar com esse negócio de ficar lembrando e viver. adiei mais de um ano pra viver. nem sei bem porque, se por medo, por pensar que era melhor manter aquelas horas num ideal de perfeição.
é bom olhar pra frente e ver que existe quem gosta de paz, quem foge de caos, quem me deixa descansar os braços.