quarta-feira, 30 de novembro de 2011

aos bons fins de tarde...


no meu espaço, esse quintal-de-casa formado pelas ruas do cenário mais Bruna que há, com a companhia e o som, e a voz e as conversas e as risadas e a SINTONIA.
sei lá, sei lá, só sei que é preciso SINTONIA.
de cantar vagalumes, de sons ingênuos que de tão ingênuos nos trazem à mente a pureza toda que havia outrora.
me fez bem ouvir o som do violão, entoar agudo e grave, como antes! ah, mas como eu sinto falta disso... e se não há tempo, é tudo criação, então a saudade será uma estrada eterna, de simplesmente SER, porque ÉRAMOS um uníssono, como apenas são aqueles feitos pra eternizar o amor de ser humano, de coração para coração, sem mais haver nada que impeça a verdadeira amizade, pura, boa, que flui, cria, produz, envia pro Universo o BEM.

valeu demais, cada um dos dias que passaram, cada sorriso - e foram muitos! -, porque hoje sou mais, por ter na Terra e querer bem, pra deixar me querer bem, sem cobrança, sem posse, sem nada do que cegava. a venda já não há: fica o que é pra durar!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

thé à menthe - ensimesmado - parte II


mais uma vez...
como se um texto repetido, eu grito ao mundo a necessidade de se olhar em volta, de não se fechar porque, assim, se exclui, limita, e entristece, enfraquece sentimentos e sentidos.
a maioria das lições que aprendemos na vida vem de uma visão do outro sobre nós, do que se pensa sobre a gente, do 'parecer', que muitas vezes é expressão do que se tem dentro. passa-se imagens não condizentes, mas que não se retiram dos olhares de fora, e ainda retiram da gente muitas vezes boas pessoas. aí é que a gente tem de entender duma vez por todas a necessidade urgente de sermos mais os outros, nas escalas todas, sem hierarquizar, sem querer agir apenas em pontos grandiosos e que alimentam o ego, mas ali no mínimo, no que está do lado. fato é que muitas vezes a gente se cega pro que está muito próximo; mas estar do lado ignorado é difícil e, para além disso, dá uma desanimada no caminhar, se retém o passo, faz pensar de novo se realmente o que se tem é tão bom quanto parece.

eu sigo seguindo, mas agora não mais a passos largos, com 10 vezes mais cautela, já sem espanto se qualquer coisa não der pé.

domingo, 20 de novembro de 2011

cuidar

É o começo daquela vibração mágica que transporta os amantes do mundo das coisas e dos seres para o mundo dos sonhos e das revelações.
É a união de duas flores perfumadas; e a mistura de suas fragrâncias, para a criação de uma terceira alma.Assim como o primeiro olhar é uma semente lançada pela divindade no campo do coração humano, assim o primeiro beijo é a primeira flor nascida na ponta dos ramos da Árvore da Vida.

Kahlil Gibran



É como se cada beijo nosso fosse o primeiro...



e nessa sina de se ensinar, vem de repente uma tarefa que pode até parecer simples pra alguns, mas pra mim é um enorme desafio. cuidar. cuidar do que se gosta, se doar, e gostar disso!

nunca cuidei. de ninguém. talvez tenha cuidado de sentimentos, mas mesmo assim talvez não com tanto afinco. acho que agora tem sido de fato a lição que eu precisava, pra saber do gosto bom que tem servir, oferecer, seja um sorriso, seja uma boa conversa, seja uma comidinha fresquinha, uma companhia amável.

aí se tem a certeza de que é possível estender pra todos os âmbitos da vida um ato específico!

claro que ele é quem tinha de me ensinar isso. ele é em si uma grande lição, uma grande vivência, a cada nova palavra que me profere, cada argumentação tão sua.

reencontro? ah, acredito. mas acho que é até mais que simples reencontro. é vida produtiva um no outro, é sentimento há muito esperando pra se re-criar e agora finalmente encontrou lugar nos dois corações da gente.

tudo agrega quando ao lado! soma no meu coração...

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

centésimo vigésimo terceiro dia de pensar em você


ia faltar tinta pra parede toda ser azul;

aí por que não marcar aqui essa família bonita que começa agora?

meus dois gatinhos, do zóio azul e do zóio verde!

eles alegram meu coração, com miados, botinhos, beijinhos e carinhos - sobretudo, eles me mimam na medida certa, não me deixam esquecer que sou especial, que meu colo é aconchegante...

um dorme no meu colo o dia todo, e o outro também me deixa dormir no colo dele.

são minhas lindas companhias, meus amores gratuitos, as expressões que tenho de sinceridade e espontaneidade!

lugar no meu coração, eles têm de sobra!

o do zóio verde é a minha paisagem, meu amor produtivo, e as conversas não têm fim, assim como a imensidão do que a gente viu-compartilhou na pedradocoração. eu penso nele e sorrio, sorrio horas a cada lembrança, já não faço uma comidinha sequer sem lembrar dele, sem querer que ele prove!

a paz que ele me traz é daquelas coisas inexplicáveis, parece até exagero tê-lo comigo o tempo todo no coração, somos nossos perto ou longe.

aí vejo por aí pessoas que andam juntas sem se ver, sem sintonia, sem o vínculo belo e necessário da admiração. pra se caminhar ao lado e compartilhar, há que se ter elogios pra fazer, boas qualidades pra lembrar, pra assim manter a chama, o encanto, de se olhar pro outro e saber que ele tira de você o melhor que você pode ser! e é assim, há 4 meses sou o melhor que posso ser! do ladinho dele e do filhotinho com patinhas na parede! e assim a gente vai desenhando a nossa história de cenas de filmes, de pedras mais altas, de vida, vida pura!

123 dias de nós. parabéns, mon amour! tem bolinho de fubá te esperando pra comemorar!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

nos resolvemos por subir na pedra mais alta


e a vida se apresenta. cada novo caminho que se coloca frente a nós é uma possibilidade de se eternizar um bom momento, uma boa conversa, uma vista impagável. viajar é preciso, é preciso! e viajar com leveza, com sorriso, não esperando nada mas sabendo que o que vier é lucro, que a chuva pode cair, o céu não precisa estar exatamente do jeito que a gente quer pra que tudo se desenrole. Tudo sempre vai depender do olhar que lançamos pro mundo, pro outro, e pra nós mesmos.

às vezes parece simples de ver, mas há uma dura barreira para vencer a inércia, o estático. se acomodar é pouco-viver; não IR pra vida é se impedir de aprender, de observar, de refletir, de não refletir e só sentir. passividade diante dos dias resulta em um dia perceber que os anos passaram e aí, sim, não se tem mais fôlego pra realizar o inesperado. tem de sempre aproveitar o agora, o já, o imediato, o espírito clama pelo agora pra com ele se aprender, se renovar, respirar, caminhar, sentir sempre o novo!

You fritter and waste the hours in an off hand way
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way

Tired of lying in the sunshine, staying home to watch the rain
You are young and life is long and there is time to kill today
And then one day you find ten years have got behind you
No one told you when to run, you missed the starting gun


bom é recomeçar, não perder o barco, acompanhar a vida que é como se fosse um rio! Vai passando, passando, sabe queda de cachoeira? a água vai correndo, caindo, e nunca, nunca vai voltar, só vai caminhar pra frente, sem jamais se repetir. a natureza já mostra no seus detalhes o que a vida é. nunca volta, nunca se terá chance de fazer nada de novo. a felicidade está aí, não pra adiar e abraçá-la daqui alguns anos, quando tudo estiver melhor: ela está aí agora, o presente é que se detém, a única certeza plena é o exato instante em que se está.


ah, mas que sorte, ele tá do meu lado, caminha comigo, compartilha, sobe estrada, só pára quando chega lá na ponta da pedra do coração. companheiro, amor, parceiro, espírito simpático. só tenho a agradecer aos céus por tudo, por ter vivido tudo que vivi, por ter sido presenteada com o pedro-da-minha-vida, que define comigo o traçado do nosso sentido!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

é você, só você que na vida vai comigo agora


ah, coração...

já não há motivo, nada a temer
é aqui, chegou a hora!
eu canto em sonhos pra teu sorriso eu merecer.

eu hesitei, eu não sabia ao certo, eu parava às vezes pra ver se era mesmo essa a estrada certa. agora não tem um resquício de dúvidas: sou inteira dele, de um jeito inédito, que o coração parece que vai saltar do peito só com o olhar!

meu companheiro de viagem, belezura, doçura, querubim, minha melhor parte! essa praia que vem depois das pedras só conhece quem de fato entrou no meu coração, quem nessa vida eu tenho com amor. nem à toa é a praia dos amores...

de agora em diante, só quero o verdadeiro, o sincero, o olhar dele em mim-pra mim, o gosto de ter encontrado a medida depois de um quarto de século de espera.

e ó, sem exagero: ficaria por anos a fio nessa sombrinha dessa pedra, juntinho de você... afinal, voltei a ser criança do seu lado, apaixonada inteira, boba mesmo...

que bom que você apareceu!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

só o tempo sabe agora como é que vai ser...


bem meu, eu sonhei hoje cedo que nós largamos a cidade e fomos morar numa casinha bem, bem antiga que fica em cima de um rio, na estrada que vai pra cachoeira de monte alegre do sul. exatamente na curvinha da cachoeira do sol. você, meu sol.

cá comigo fica teu sorriso e tua vontade de seguir vivendo, pra amparar a minha tristeza agora. fica também tudo aquilo que você me ensinou, todas as risadas compartilhadas, as viagens que ficaram pro porvir - ou não. tem detalhes que vão sumir na longa estrada que transforma tudo em quase nada. mas não tem nada, não: só guardo o que foi bom no meu coração. vai ser difícil esquecer tudo que passou. esquecer? oras, mas quem foi que falou que se esquece amores? a gente não vai esquecer nunca, lindeza, na verdade a gente vai mais é lembrar, relembrar, escutar nossos sons de passarinho, de água de cachoeira. você também é de rio, como eu. somos ou fomos uma linda conexão de alma, de sincronicidade absoluta - mas erro foi achar que talvez nosso sentimento pudesse dominar os mundos todos... o tempo vai tratar de olhar por nós, recolocar no lugar o nosso coração, do jeitinho que tava quando te cruzei numa ruinha bonita. só que agora são 2 corações cruzados, que se ensinaram, se uniram, numa pureza que hoje em dia nem se atreve a lançar!

nesses dia em que nada parece trazer acalento pro meu coração, minha belezura, eu clamo que isso tudo seja um pesadelo e que daqui a pouco eu acordo, abraçada com você, com seu peso das mãos na minha cintura, e um sorriso no rosto de 'bom dia, minha anja. vamos levantar?'. e será um feriado qualquer, um domingo, um dia de folga pra ter namorado [só que você foi bem mais que namorado, tem palavra que exprime não!], pra ser feliz bem juntinho, oferecer sorrisos lindo pra você, e flores, e vida, meu anjo, muita vida entre as nossas mãos, nossas danças bobas sem música, nossas maravilhas dispersas no ar, a sua casa de mezaninos, a minha casa de mezaninos, a nossa casa, o nosso, o seu olhar em que eu me vejo bela.

o cheiro tá em casa ainda, tá tudo fresco na mente, os sentidos pedem, a conversa parece que foi interrompida bem no ápice das idéias. dá pra evitar de chorar não, meu anjo. só que eu não solto sua mão. solte a minha também não. você é a música mais bonita do meu coração.

às vezes nem adianta nada ter uma explicação. tem de se aprender a lidar com a vida nas suas peças, desventuras, desvarios... mas, olha: me diga agora, como hei de partir?

ah, se já perdemos a noção da hora
se juntos já jogamos tudo fora
me diz agora como hei de partir
ah, se ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos devarios
rompi com o mundo, queimei meus navios
me diz pra onde é que ainda posso ir
se nó, nas desventuras das noites eternas, já confundimos tanto as nossas pernas,
diz com que pernas que devo seguir.

como for, não importa: vou seguir, só esperar esse dia passar - e certamente será um dia daqueles de 400 horas! sorte que o tempo passa, meu lindo. vai passar e reiterar a beleza de ter tido você, de termos caminhado juntos esses poucos dias, mas que foram muitos, foram felizes, vividos, intensos, dias brancos, dias de luz, e nesses dias eu tive um mundo lindo nas mãos, que só poderia ter sido porque foi ao seu lado.

obrigada pela jaqueta, pela pedra-com-vinho, pelas tardes na usp. obrigada, meu anjo, por aquela sexta-feira que só a gente sabe. obrigada também por ter brincado no parquinho e pela noite na estação de trem. obrigada pela praia, pela blusa que me emprestou preu não congelar na volta! muito obrigada, sobretudo, pelas viagens em que me colocou na garupa, pelas estradas novas que me ofereceu, pela companhia em tantos céus. obrigada pelas comidinhas que me trouxe sempre, por me ajudar a cuidar do nosso filhotinho! obrigada por me inserir na sua paisagem. obrigada pelos últimos dias que foram lindos, tão lindos que me estremecem de lembrar. obrigada, pedro. obrigada por existir em mim.