domingo, 13 de dezembro de 2009

a um pássaro

eu não o conheci. mas houve uma história no mundo, breve, longa, sabe-se lá... na verdade, creio mais longa essa vida que a vida comum de muita gente.
eu sei só histórias. histórias de uma liberdade maior que a minha, maior que todas que pude ouvir. ele me fez um bem TÃO grande que, de tão grande, é inexplicável: me concedeu o maior homem do mundo, meu sábio, meu compositor de boleros, que me ensinou o amor. e ele também é singelamente livre, amante de sol e de andar-a-pé. eu devo a esse pássaro sem rédeas o amor da minha vida, a minha história do jeito que ela é com mais de 800 dias de companhia, carinho, entendimento - ou não!! Só sou quem sou por ele, e ele agora voa, está mais livre que nunca, e nem se lembra, afinal, lembrança prende, não??

são as histórias que ouvi sobre ele as que vou contar pro meu filho, mesmo não sendo neto dele. e quem disse que ele queria netos? ele queria é só a vida dele pra tomar conta, pra descuidar, aliás, e já bastava. mas quero inclui-lo nos contos de criança que cedo ou tarde terei de criar.

voa, voa...

Um comentário:

  1. - Bru? Te liguei ontem?
    - Ligou.
    - E?
    - E a gente se encontrou na Angélica.
    - Então eu te vi mesmo ontem?
    - Viu. Porque?
    - Nada. Só queria ter certeza.
    - Falaí, cê tava bêbada o suficiente pra não lembrar do que aconteceu, né?
    - Cê promete que não conta pra ninguém? Eu tava bêbada mesmo.
    - ¬¬'
    - ...
    - ¬¬'
    - Ah, mas eu ainda lembro que gosto de você e que te amo, tá?
    - ¬¬'

    ResponderExcluir