terça-feira, 29 de dezembro de 2009

naquele empoeirado LP

A era do disco de vinil já era.

Na verdade, não só o vinil se foi, perdido no tempo: a fita cassete também, a fita de vídeo. E até o CD já é coisa do passado. Eu tenho um porta-CD lin-do de madeira que meu pai, nascido em 1959, chama de trambolho. Fui num sebo com minha flor de maracujá em pinheiros, nosso lugar de tanto bater-perna, e nos enchemos de CDs. Dias antes, no mesmo sebo, com meu eterno, me esbaldei de comprar discos de vinil: pagode, sertanejo, trilhas de filmes. De Raça Negra a Almir Sater, Pena Branca e Xavantinho a Só Pra Contrariar. A emoção de pegar um disco de vinil nas mãos, trazer pra casa e ouvir, lentamente, cada faixa na vitrola, tem um gosto incomparável. Todas as músicas desses tantos discos que eu tenho na estante existem na internet, posso baixar a qualquer instante; mas o disco, sua capa, o encarte grandão, o som tipicamente da infância, o quase-trabalho que dá localizar a faixa, o cuidado que tenho de ter para não arranhar o disco, conservar a agulha...

Minha coleção de vinil cresce. A maioria deles custou 2 reais.

O som de disco de vinil na vitrola parece que vem com poeira, com passado, com histórias escritas nas capas que foram presentes em 78, em 83.

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