quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

amores e românticos são poucos, loucos desvairados...

Eu pensava isso durante minha viagem proutro estado. Românticos querem ser o outro, pensam que o outro é o paraíso, são lindos, pirados, choram com baladas, amam sem vergonha e sem juízo, mesmo certos vão pedir perdão, passam a noite em claro, conhecem o gosto raro - que eu conheço também, na condição de nada-romântica-grossa-até-demais - de amar sem medo de outra desilusão. Espécie em extinção. Mas havia alguém romântico por mim, isso me fez ganhar o mês, o ano, a vida. Porque existem amores de diferentes espécies:

amor de ônibus, amor de moto
amor de companhia, amor de sedução
amor de olhar, amor de mão (pode ser um nos dois)
amor sincero, amor bandido
amor lindo, amor desajeitado
amor que entende a gente, amor que não faz questão e quer te amar mesmo assim
amor de dia, amor de noite
amor de vida toda, amor que dura menos que uma gripe (como esse meu último)
amor de bolero, amor de sertanejo, amor de samba (não tive)
amor que você canta 'tive sim outro grande amor antes do seu', amor que você nem canta porque não quer quebrar o encanto
amor de novela, amor de robertojustusebigbrother
amor de interioridade, amor de corpo inteiro
amor produtivo, amor re-produtivo

São tantos amores...

Tive todos, talvez. nenhum melhor que o outro.

Todos parte de um todo que hoje chamo HISTÓRIA.

Amores com gosto de café, amores sem gosto definido mas gostosos pra caramba...

Alguns eu sinto falta, outros estão nas caixas a eles designadas, outros ainda podem voltar, se quiserem.

Só que amor é complicado. droga, muito complicado. a linha mais tênue é a que separa o amor conjugal do absoluto nada.

Hoje? Tem nada não... [tenho meu violão...]

Há de ter algo.

Amor não se implora, nem se joga fora.
Amor a gente conquista, e não há quem desista se o coração chora.

Chora porque esse choro de agora, assim como os choros que esses textos já viram, viraram sorrisos de lembranças boas...

Essa noite estou fixamente lembrando da noite do dia 14 de setembro. Fui pro outro lado da cidade, de madrugada, trazer um desses amores loucos de volta. E ele disse: "me leva onde você for". Eu o levei comigo, juntinho, pertinho, pois ele era o outro lado de mim, a metade, a tampa, a alma-gêmea, enfim, qualquer lugar comum ele era, mas um lugar comum que não cabe em nada que eu possa escrever.

Foi tudo verdadeiro, de julho a outubro. Meses de frios e de chuvas, e de abraços, poucas promessas, leveza e olhares que são parte de mim ainda, que eu não esqueço, que eu procuro em outros que não chegam aos pés, que não são nada perto do que foi esse carinho puro de conhaque com chocolate numa noite fria do fim do mês de julho.


Eu apenas queria que você soubesse...

Um comentário:

  1. Ainda nessa?

    E eu vou lembrar, sim, pra sempre, do que você me falou agora pelo celular, uma da manhã, bêbada.

    HIAuHAiUAHiUAH

    A propósito, falei de você no pi.

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