quarta-feira, 26 de novembro de 2014

dos afastamentos saturninos



o que nos faz querer estar ao lado? creio ser apenas o momento presente. toda e qualquer companhia que existe por conta de algo passado ou de conjecturas futuras se perde.

pergunte-se: por quê? se for por algo que passou, desvincule-se. se foi por algo que quer, nem mesmo vá. 

agora, e entender isso? e deixar-se livre disso?

fácil, não, quem disse? há de ser de ensinamentos que só se pode ter na casa dos 28, porque antes talvez doesse.

agora já não dói. agora os transeuntes vêm e vão sem que eu nada faça.

qualquer situação que não faça bem deve ser simplesmente retirada de nosso convívio. deixa a cargo do tempo, ele trata de tudo, trata de deixar longe ou de retornar pra perto se assim tiver de ser.

os sentidos têm de ser agora. a construção deve ser do que se tem à mão. sejamos grato, mas sem desrespeitarmos a nós mesmos, mantendo ao lado aquilo que, agora, já não tem sentido algum que se possa achar no já. sentido passado não existe. 

que nada seja obrigação.

que nada esteja numa ocasião que já não é, que não haja apego ao passado e que possamos simplesmente sair das amarras que nós mesmos criamos e sair andando, descalços, na rua...

que nada esteja num tempo que ainda não foi construído.

que tudo seja agora.

e embora eu tenha me afastado de você, eu sinto que você me ouve quando eu ouço o que você me indicou pra dormir quando eu não estava em kansas e me sentia profundamente e visceralmente sozinha, sozinha de solidão funda. porque mesmo longe e sem apego algum ou sem nem mesmo querer o contrário, cada um dos living room songs parece que me fazem bem, agora, e não antes. não é passado. é o que você foi bom em mim e agora é resultado e carinho.

words of wisdom: let it be. there will be an answer...

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