sábado, 10 de janeiro de 2015

do próximo capítulo 19 - do devaneio segundo

que quer alguém que fere?

olha, leia: você me fere. ausente-se de sua culpa caso queira, mas saiba. sabendo, siga. e suma. quero nada de ti não, nem bom nem ruim, mas não me lembre que existe. 

as feridas, elas se curam, curam-se rápido, astutas são. 
e sorte, gratidão por ter na vida com quem olhar adianta e ver horizontes belos, porque sonhos são bons e nada de mal nos fazem quando sinceros, realizem-se ou não.

já é madrugada... acorda, acorda, acorda, dá corda, a cor...

e obrigada ao Universo até pelas feridas, porque elas me crescem.

e crescem e crescem de tal modo que a cada dia que vem eu sinto-me mais feliz,

feliz por ter janeiro inaugurando. feliz por fevereiro vir também, e por março, mês de áries, que tanta falta me faz quando lembro de ir ao longe em 5 minutos e voltar na mesma velocidade porque rápidos éramos, porque queríamos e tínhamos a mesma pressa de amar, eu e você. e quisera estar em ensaios de black balloon, e com alegria de ser bem-recebida e bem amada e dum jeito tão criança que acredito não haver mais após 84. feliz por abril que abre minha vida toda vez que vem, mal começa o ano e já e final de abril onde começa meu karma-a-resolver. daí maio, o mês de maio, e fique aí, mês de maio, onde está: longe. e junho que eu não entendo e nem quero, e julho que eu passa rápido e também não me faz falta, e agosto, que eu brilho mais, que eu aprendo a lidar cada vez que saio de cena e deixo o palco pro meu amor maior. e daí setembro, obrigada, setembro, por ter-me trazido, por trazer tudo aquilo com que se tem que aprender a conviver. daí logo agradeço por outubro, que traz um ar puro e talvez sem graça alguma, mas afinal quem precisa de graça o tempo todo?

eu.

novembro me mostra, quando chega, que pode ser cuidado e não só posição de lua ruim que me tanto faz não entender e querer não só ser diferente mas também olhar diferente, viver diferente, sentir muito diferente. dezembro, venha, e liberta logo tudo, venha com harmonia e me seja fogo-brasa.

devaneios vêm sempre. venham, são bem-vindos, vida bem-vinda em mim.


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