segunda-feira, 2 de novembro de 2009

viajando na estrada do interior


a vida é uma loucura boa, ainda mais quando se sabe tão finito. eu me sei mortal há alguns dias, de uma forma mais intensa do que antes. e agora eu também choro mais, sou mais fraca, mais leve, e levo tudo mais a termo.

bom, de todo modo, viajemos todos! sempre, muito, quanto for, para qualquer lugar novo! nos dias cinzas que me têm acordado, ao lado de grandes amigos eu pude conhecer tantos lugares novos, desde a 25 de Março, passando por Poá e Ferraz de Vasconcelos até Paranapiacaba e estradas pro interior que são piadas internas. nesses lugares, eu certamente deixei a minha alma em partes, eu vi pessoas tão diferentes, senti calor de graus inacabáveis, tomei banho de rio, peguei pedras, andei por entre casinhas muito antigas e tirei fotos em tanques e poços.

mas O QUE MAIS SE PODE QUERER NA VIDA? sabe, a felicidade é tão ingênua, pequenina, ela passa por mim como quem não quer nada em atos simples, e me deixa: com essa mesma leveza com que veio, se vai. se esvai, na verdade. eu não reclamo mais, mesmo porque a rigor tenho vivido bons momentos que se mesclam com notícias não tão boas. essa alegria que me rodeia durante certos instantes se perpetua na memória e a ela eu me apego, sigo e olho pra frente, pra ruas estreitas e com um quê de tédio, pra trilhas de rios bonitos, pra estradas douradas - que penso em revisitar muito, muito em breve, antes que o mundo consiga o que vem teimando comigo.

não há nada, nada no mundo que compense a visão do novo.

Um comentário:

  1. A felicidade é um passarinho de canto sereno que pousa perto da janela pra nos acordar de manhã, é uma música do Raça Negra no karaokê, é uma nuvem passando por nossos pés e um banho de cachoeira. Amorinha cada estrada que a gente percorre é uma janela nova pra descobrirmos quanto o céu ainda é azul, e sempre será.
    amo você, amo cada momento com você. cada aventura, cada insanidade.
    adorei o texto

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