terça-feira, 5 de janeiro de 2010

novo, belo

No penúltimo dia do ano, encontrei no portão da minha casa um carta de baralho. Um 8 de copas. Dias depois de minha flor de maracujá também ter encontrado uma carta, um 6 de copas. Fiz como ela: em busca do significado. Li diversas coisas, filtrei algumas. No fim, o abandono.

Abandonei, então, nos dias que se passaram, qualquer coisa que não me faça bem. E talvez por isso a vida me trouxe algo de novo, algo bonito, um encanto que, ainda que efêmero, me fez deixar de lado e esquecer sentimentos fadados ao fracasso.

Eu pude ver luas na janela, estradas, verdes sem fim, ter conversas de uma harmonia que pouco existe e agora eu penso tanto, tanto nesses três dias que tive que parece até que minha casa não me abarca mais.

Por mim, não teria voltado. Se houver proposta, volto correndo, sem lenço, sem documento, pra subir morros e morar no pé da serra.

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