terça-feira, 23 de março de 2010

olviedo


Eu tenho também tristezas estranhas, tive vazios: eu olhava dentro dos olhos e não enxergava nem mesmo cumplicidade.
Isso porque cumplicidade é o início de todo amor. Mesmo sem afinidade extrema, a cumplicidade importa. Eu tenho sorte na vida, uma sorte sem preço de ter alguém, cúmplice, amiga, companheira, sincera, sorrisos-meus, pensamentos-meus. Eu também, minha flor, já acordei sem entender nada.
Eu tive manhãs de presença apenas, eu mesma já causei isso a alguém. Hoje eu sei o que errei, com quem errei, onde errei. Mas muitas pessoas que nos deixaram vazias não entenderão nunca o que fizeram. A gente sentiu, a gente ainda sente, mas temos sempre aquela possibilidade de mudar, de olhar por outro ângulo, de virar o rosto simplesmente não esquecendo nunca do que foi bom. Foi, foi, foi bom e pra sempre será...

Eu vislumbro novos ares - mesmo ainda querendo abraçar uns antigos. Eu tento, mesmo aos poucos, me esquecer. Agora ainda mais difícil quando se tem logo à frente o prédio da MAPFRE seguros...

É... eu pegaria aquele avião particular e iria pra Olviedo. Eu iria pra qualquer lugar do mundo, eu seria a Cristina, a María Elena (que somos) e tô buscando nas lembranças Juans Antónios, minhas completudes, artistas plástcos, fotógrafos, pessoas com nome em Atos dos Apóstolos 13:1...

Amores [tristezas, vazios, silêncios, dores, saudades] são coisas da vida...

Nenhum comentário:

Postar um comentário