quarta-feira, 4 de abril de 2012

a dois bobos e cafonas


tem toque de perfeição em tudo que é, se perde no mundo, e fica no meio do mundo

se dá vontade de agradar, eu agrado, ainda que por vezes haja receio de entrega

se dá vontade de brincar e apertar e morder e ser pra ele, eu sou

o melhor de tudo é não fazer a menor idéia de onde isso vai parar, de até onde vamos juntos

a gente ri do outro, com o outro, e finge se esconder quando se encontra no portão, e fica mandando beijos até sumir no horizonte, da moto, do ônibus, e faz charme, faz graça, se olha, deixa os olhos se encontrarem, as mãos, e a gente se perde sendo bobo e pegando caderno e fazendo bobeirinhas que só na gente existe e toma forma.

e como é bom tê-lo ao lado pra ser bobo também!

Apaixonados, sim
Até a loucura, sim
Vamos querendo-nos
Ai!, com tal paixão
Que ainda alguns pérfidos
Sem mais escrúpulos
Nos chamam cândidos
Ai!, difamação

Somos cafonas
Isso é conosco, sim
E nunca com ninguém mais

Somos cafonas, sim
Nós aceitamos
E que nos deixem em paz

Apaixonados, sim
Somos românticos
É sintomático
Ai!, do verbo amar

E até as glândulas
Que vertem lágrimas
Se tornam áridas
Ai!, querem chorar

Se nós, românticos
Somos ridículos
Talvez lunáticos
Só por amar

Somos cafonas, sim
Isso é conosco
E nunca com ninguém mais

Somos cafonas, sim
Nós aceitamos
E que nos deixem em paz!

Nenhum comentário:

Postar um comentário