quinta-feira, 24 de julho de 2014

pra você não ler


Lembrei de você hoje. Lembrei que contigo eu vi os céus mais lindos da minha lembrança. Sabe o que parecia? Que as nuvens mais bonitas esperaram eu estar junto de você.
Lembrei também hoje que as risadas mais gostosas foram suas. Lembrei que havia uma verdade antes, havia um olhar que eu não sabia bem o que queria dizer e que, infelizmente, provou-se nada, não tem sentido, não disse nada.
Lembrei hoje que certa vez eu te olhei dum jeito outro e não gostei.
Lembrei, ainda, que a sua presença ficou tão familiar pra mim em tão pouco tempo que parecia que eu estava sim no Kansas. Mas eu não estava, Espantalho. Isso, era bem isso que eu sentia por você. Sabe o que a Dorothy diz pro Espantalho lá na Cidade das Esmeraldas, quando está prestes a voltar pra casa? Ela diz: “É de você que eu vou sentir mais saudades”.
Lembrei que eu teria parado o tempo diversas vezes.
Lembrei que eu nunca quis fazer mal pra ninguém. Mas ando me dando conta de algumas constâncias em mim, de aversões que desperto, geralmente em pessoas que mais me gostaram. Não entendo ainda porquê. Talvez eu nunca entenda, mas hoje eu lembrei de você e de como sempre foi perfeitamente e magnificamente bom poder estar contigo.

Por muitas vezes algo assim aconteceu. Por muitas vezes eu, que te disse pra nunca criar expectativa, criei tantas, que fiquei tempos sem fim esperando um som, um barulho, um sentido, algo que me fizesse saber que, de algum modo, alguém ainda se importa. Mas isso nunca veio, justamente porque eu esperei. E, embora eu saiba que no fundo eu ainda provavelmente vou passar tempos imaginando uma palavra, me convenci de que não espero, então não espero. Simples. Mas pode aparecer. Ou pode me esquecer, se você quiser. Eu já esqueci que te lembrei hoje porque já é quase amanhã, por 20 minutos, já é quase a hora em que eu quase sempre de algum modo eu... (não continua)

Nenhum comentário:

Postar um comentário