quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

da força


fez-se forte o fraco. o que houve pra força emergir?

tenho visto alguma força que na verdade é defesa.

quando foi mesmo que uma pedra no meio do caminho me endureceu?

e se eu conseguisse entender por que raios essa pedra no meio do caminho era assim tão indestrutível, tão imponente, tão rígida, exigente e inacessível?

agora sou feito pedra mesmo. parece que nada abala. parece que nada acontece. parece tão bem que eu acredito.

e se eu voltasse naquele ponto exato? ali, onde eu tropecei, onde eu passei a acreditar que não, bobagem isso de dar-se inteiro, besteira isso de acreditar em algo que não venha de dentro de mim.

* * *

ah, é. esqueci: there's no such thing as turning back.

além disso, diz que olhar pro passado dá em nada não, nem ajuda coisa alguma. 

certo. então vejamos o que pode ser feito agora. o que posso eu me dar de presente?

presenteio-me com a chance.

chancearei o mundo todo. do mais brando ao mais intenso. do mais belo ao que mais estranho.

sei que sinto ser esfriadamente cinza. como se pouco pudesse pulsar meu coração. é constatação esquisita essa, porque de certo modo é já parte dos dias ver o mundo assim.

eu não sei cuidar. nem demonstrar. orgulho, medo, receio, descrédito no outro - e em mim, desamor.

i'll spend more time lovin'...


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