segunda-feira, 31 de outubro de 2011

nossa sina é se ensinar - a sina nossa é...


16:00, perto de estação de trem de cidade grande, desde o primeiro olhar e o abraço sem fim, sem fim, que não sobra nenhum espaço dentro! aí pega estrada, e cada pedacinho de chão bem observado, bem vivido. entra em minas, montes, campos, estradas reais, de onde pareço ter vindo! andança, companhia, risada, amor nascendo-crescendo-construindo-histórias.

só que não acaba, porque tem o dia que começa, a vista que ele me apresenta, a conversa de frente presse infinito horizonte que o brasil abriga,o entendimento, e até mesmo o desentendimento, a alegria de estar junto, em movimento, seja andando, seja se olhando à noite.

os instantes surpreendem, e por isso que se deve pôr um sorriso no rosto, esquecer qualquer contratempo inválido e ir, encontrar e começar a caminhar por uma nova estrada.

a gente compartilha, se diverte, ri, sorri, faz bico quando precisa, mas o bico logo vai embora e fica o abraço, vai qualquer insatisfação e vem a noite abençoar a gente com um show de estrelas, com uma chuva que vai chegando devagar e que se ouve o vento dum jeito esplendoroso, mostrando sua força diante da nossa pequenês.

sobretudo, a companhia bela, revestida de encantamento - que não passa nem há de passar! -, calma, gosto bom, risos harmoniosos, dança compassada. dançamos juntos, bem meu! como dois lunáticos, bobos, de graça infantil quando nos olhamos. de crença no infinito, no que está além dos olhos, além dos sentidos, depois que se fecha o olho e abre e vê o outro ali entregue. céus, como é bom esse encanto, essas horas todas compartilhadas, os sorrisos que me oferece e os que esboço. ele sabe que me ensina até com seu jeito de caminhar, de contemplar, de tocar. eu aprendo, vivo, SOU pra ele com ele nele junto a ele lado a lado com ele. é minha raridade, meu gosto infinito de natureza, é o sentido mais puro que já provei!

aí, quando se chega, o descanso do canto nosso, uma conversa linda de rememoração, constatação do quanto já somos parte um do outro, de que já nos conhecemos desde antes daquela rua de paralelepípedo que me trouxe essa lindeza, essa paz boa de sentir.

eu sou mais que era há 3 dias atrás. eu tenho mais memórias, mais carinho, mais amor, mais VIDA!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

a um sábio de estradas


Bem, neste tempo todo em que nós conhecemos, vivemos um monte de coisas. Dos paraísos aos infernos que todo ser humano deveria viver estávamos lá. O tempo se passou e muita coisa mudou. Vc se apaixonou algumas vezes, foi morar em outros lugares, andou pelas estradas do interior(que eu costumava conhecer, sonhou, sorriu, chorou, brilhou. Eu por minha conta, bebi, chorei, ri, me aaquietei, sorri, me apaixonei e desapoxonei e tudo o mais. Mudamos nisso tudo. Quanto a mim, digo que aceito com mais tolerância Beatles, violões,MPB e coisas assim. Vc deve ter mudado também. Dá pra sentir isso na sua voz, no seu olhar e no seu cabelo. Senti mágoas, mas as mágoas passaram. Tudo passa ou pelo menos vai para um espaço rasurado no meio da gente. Lembro constantemente do seu tom de voz, do seu riso frenético, das suas interpretações aguçadas para me chantagear e isto tudo continua vivo nas paredes das almas de outras pessoas. Não mais como protagonistas vivas, mas como inscrições, marcas, registros, falas suas que dão um sentido a minha vida agora.

A vida é assim. Nunca se apaga, sempre se rasura. Se a vida é fácil, evidntemente não é. Se é boa ou ruim, dificil saber. Só sei que a Vida é bela. Deleuze dizia isso(vc nunca deu bola, ahaha!!!). Mas a vida é bela. Não por sermos felizes, alegres ou bonzinhos. A vida é bela, porque nela ficam traços, escritas, músicas, gravações.Riscam-se cavalos pretos, limeiras,pantanais, osascos, ratinhos falantes. E tudo isso vai compondo um quadro, um poema, que vc pode não gostar muito, uma música, um tecido, um vestido e uma flor.


Vc foi isso e é isso. Um feixe ou bloco de sensações que um dia apssou pela minha vida e que ao riscá-la com seus gritos, risos e olhos claros fez da minha vida simplesmente vida. Agradeço vc por isso. Muito. Porque vc ao encher meu saco encheu minha solidão de nuvens( eu costumava falar com nuvens e vc era nuvem). O sentido da vida não está dado, ele está sempre por vir, por ser atualizado na assinatura destes riscos. Me arrisquei e vc me riscou. Me mostrou isso, me fez isso. Agradeço muito. Me mostrou intensidades na vida!!!

Não dá pra dizer Feliz Aniversario, muitos anos de vida(isto é trivial). Dá pra dizer Bruna, Feliz Bruna!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

segue seu destino, violeiro


Dói em mim também.
Mas vai passar. É só seguir seguindo, cada um o seu caminho...

Eu conheço o medo de ir embora
Não saber o que fazer com a mão
Gritar pro mundo e saber
Que o mundo não presta atenção
Eu conheço o medo de ir embora
Embora não pareça, a dor vai passar
Lembra se puder
Se não der, esqueça
De algum jeito vai passar
O sol já nasceu na estrada nova
E mesmo que eu impeça, ele vai brilhar
Lembra se puder
Se não der esqueça
De algum jeito vai passar
Eu conheço o medo de ir embora
O futuro agarra a sua mão
Será que é o trem que passou
Ou passou quem fica na estação?
Eu conheço o medo de ir embora
E nada que interessa se pode guardar
Lembra se puder
Se não der esqueça
De algum jeito vai passar

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

se você vier até onde a gente chegar...


subir e escalar pedras sempre une pessoas e corações... FATO.
eu confio quando ele me dá a mão
eu me sinto segura do lado dele, sabe quando parece que nada no mundo pode te parar, ou te deter, ou te tirar a liberdade?
o caminho é belo, a voz agrada - assim como todo o resto me agrada: o cheiro, a pele, o toque.

e no meio do barulho das águas caindo, tive os sentidos mais belos e puros. sentidos que uniram a alma, o corpo, o espírito, o sopro de vida, o sentimento, o abstrato, o concreto, o que se vê e o que não se vê. sons tantos, pássaros, caminhos de água cada um fazendo uma melodia única, e o som de dois seres que por um instante - que dura horas - foram pro meio do mundo, e ficaram suspensos juntos, entrelaçados, como se, separados, já não tivessem mais sentido(s).

sentidos que não saíram de mim ainda, e eu os cultivo aqui, e cultivo esse presente que tenho com companhia rara.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

capítulo 19 - o devaneio



beeeeeeeeeesha, corre prá cá, tô em pinheiros, tô na estação de trem, aloka-ahan, vamos comprar cerveja no pão-de-açucar, amór, economiza, bora um chopp duplo? uma bohemia dupla? ow, vem cá, vamos dançar, eu sou o homem dessa vez, ok? tá, eu sou a mulher agora, mas você sabe que eu não sei ser guiada. você sabe de tudo, você me entende. é, eu sou egoísta mesmo, me desculpa? catch me, raj!, thiaguinho, me pega!, vâmo pra prainha?, e essa unha que não cresce?, caralho, caralho!, bixa má!, me dá o freddy mercury prateado?, pára de fumar, amour, tá todo mundo louco!, eu quero é mais, vá tomar no cu tranquilo, sozinho, preocupado, do jeito que preferir... e hoje, eu vou praí ou cê vem prá cá? ah, traz um saint remy, ou a gente compra cerveja no econ?, ah, vem pra cá, te empresto roupa. vamos ficar velhinhas juntas? a gente adota umas crianças e já era... ai, que caro! tudo é caro nessa cidade. de novo, vâmo pra prainha? bora? beleza, 5 horas na paineira! ai, que trem lento, beeeesha, desse jeito vai ser difícil retocar o bronzeado... ah, pára de cutite, vai, bi! ow, vamos engravidar juntas? ai, vamos pro esquenta, pro pagode, pro rodeio... pra onde? pra minas? ah, tem essa cidade, extrema. bora? ok, amanhã cedo então. carro? nada, amor, o negócio é o trem. leva tênis. ah, chega mais cedo, vai? paranapiacaba? ah, já ouvi falar. ah, vamos e pronto, ah, fala que tá doente, inventa uma dor e já era. she's a good girl, crazy about Elvis. putz, mas o Elvis também, eu caso... qual a mais barata? ai, que frescura no rabo essa Estela, cerveja cara da porra! ah, vâmo bebê aqui mermo, rua bonitinha, quem precisa de mesa de bar? ô, caruso, vende essa máscara pra gente, passa essa porra pá cá! caramba, choveu o dia todo nesse primeiro dia do ano, e eu não paro de vomitar... nunca mais caimos no papo de pinguço, do tenentinho do bar... ressaca desgraçuda! vamos ver closer de novo? putz, eu sou mais parecida com a cristina, e você com a maria elena. ou o contrário? HAHAHAHAHAHA. vamos pra olviedo? má oi, rrrrodando e se fudendo! zezéeeeeeeeeeeee, caramba, não fomos no show. PQP! Penélope? Que nome diferente... a gente namora. ah, uns anos já. ai, que bom que a gente veio! santiago é a melhor praia, né?

vira à esquerda, anda um pouquinho e tem uma árvore grande, mas pra mim todas são grandes... ah, vamos voltar... oi, boiada, sai correndo! e chora e continua e encontra! putz, que belo banho de cachoeira!ÔW!

não é o 61, não?

faz trança em mim? caramba, como eu te peço as coisas, né? tá, parei. vou aprender a fazer as coisas sozinha.

eu tô aprendendo a cada dia. mas não é fácil ficar sem você.

eu preciiiiiiiiso de um companheiro, digo, digo, de uma cerveja com você, voa, beeeeesha!

ao que é sempre novo! (a nova estrada)

três
inesquecíveis
meses

e, olha, sinceramente? parece que cresce a cada dia o meu encantamento
a minha admiração
a sinceridade no sorriso que eu ofereço e que recebo
o brilho nos olhos que naturalmente a presença dele espelha
o sincero carinho cultivado
os risos e sorrisos e carinhos todos compartilhados quando perdemos a noção da hora entre-beijos

é aconchegante o abraço, tem perfume que agrada todos os sentidos
não penso em tristeza, nem me sinto cobrada ou sufocada. só me desperta bons ventos, bons sons, música boa pros ouvidos e pra alma.

é de dar saudade da boa, vontade de tomar sorvete em pracinha de cidade pequena, de construir casa no campo com rede na varanda, de viajar ainda muito, muito, enquanto a perna aguentar e tiver estrada pra conhecer!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

porvir


a matriarca da família, que todo mundo respeita e vai chorar no colo
uma pessoa da família, sabe?
toda a família vai em casa fazer festa, passar o domingo
e as meninas me perguntam se podem namorar os meninos, aí trazem eles pra eu conhecer
a casa bem aberta e arejada, com bastante luz entrando
tem varanda?
tem sim!
e um quintal.
e muita gente, de todas as idades
e todo mundo conversa de igual pra igual nao tem essa de criança, adolescente, adulto...

a casa é perto da cachoeira.
dá pra ir a pé e voltar pra almoçar

e as crianças que lavam a louça pros adultos deitarem na rede...


a emoção de saber que esse menino que gosta de política e conversa bem pensa de mim exatamente o que eu hei de ser!

domingo, 9 de outubro de 2011

pra ELE


Como dois estranhos,
Cada um na sua estrada,
Nos deparamos, numa esquina, num lugar comum.
E aí? Quais são seus planos?
Eu até que tenho vários.
Se me acompanhar, no caminho eu possso te contar.
E mesmo assim, queria te perguntar,
Se você tem ai contigo alguma coisa pra me dar,
Se tem espaço de sobra no seu coração.

Quer levar minha bagagem ou não?
E pelo visto, vou te inserir na minha paisagem
E você vai me ensinar as suas verdades
E se pensar, a gente já queria tudo isso desde o inicio.
De dia, vou me mostrar de longe.
De noite, você verá de perto.
O certo e o incerto, a gente vai saber.
E mesmo assim,
Queria te contar que eu talvez tenha aqui comigo,
Eu tenho alguma coisa pra te dar.
Tem espaço de sobra no meu coração.
Eu vou levar sua bagagem e o que mais estiver à mão...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

velhos amigos


elas me trazem lindos sorrisos, boas conversas e risadas sempre na hora errada, sempre de madrugada quando nem se pode fazer tanto barulho...
elas têm de mim um pedaço lindo de passado e vontade de futuro, de encontros pelas ruas de são paulo - ah, mas só com elas essa cidade faz sentido! -, de vinhos abertos em bares na paulista ou bebedeiras bobas na augusta, na eca, na vida, enfim. porque cerveja, dreher e histórias a gente encontra em todo canto quando se tem boas companhias!
elas me completam de um jeito que só a bruna-criança entende, me dão vontade não crescer, de construir um mundo em que nada, nada nos faria tirar o pijama e acordar, e seria tudo uma madrugada cheia de risadas infindas, com vinho, sem vinho, seja facundo,seja vinho chique, seja o que for, o que vier, porque, afinal, velhos amigos são assim, são tudo que se pode querer ter no coração!

Velhos Amigos, quando se encontram,
trocam notícias e recordações;
Bebem cerveja no bar de costume
e cantam em voz rouca antigas canções!

Os velhos amigos quase nunca se perdem;
Se guardam para certas ocasiões.

Velhos amigos só rejuvenescem
lembrando loucuras de outros verões
E brindam alegres seus vivos e mortos
E acabam a noite com novas canções!

Conhecem o perigo, mas fazem de conta
que o tempo não ronda mais seus corações.

E que os dias nos tragam as outras, em mais e mais bares de outrora, em mais conversas de rememoração, em mais novos dias e novas canções!