sexta-feira, 26 de outubro de 2012

da noite

ficar repassando as cenas na cabeça às vezes não é a melhor solução. ou talvez NUNCA seja. só faz ficar dum lado pro outro sem solução nenhuma. mas, enfim, tem solução?

aí eu lembro dumas coisas que me fazem sentir bem idiota. boba mesmo. enganada e tal. e talvez por uma questão ainda da infância, as duas coisas que mais me dão desgosto é me sentir ridícula e enganada. aliás, tenho uma dificuldade grande em ser chamada de ridícula. imagine só em me sentir assim...

aí eu pensei: "putz, que filha da puta!". daí eu respirei. na verdade ninguém é mau. o problema é que a maioria de nós faz tudo pensando só em si próprio. aí tomamos atitudes imbecis que soam como maldade, mas na verdade é só egoísmo e ignorância. algumas palavras que na hora não me remeteram a nada, agora, recapituladas, me fizeram ver que eu estava sendo "motivo de chacota" (ah, mas que expressão contemporânea...).

pensar que fez de maldade gera aversão e vontade de dar um tiro no rabo. então melhor não. pensar que é ignorante dá piedade, que também não é tão bom. digo piedade porque, sinceramente, não me dá a menor vontade de ajudar alguém que está assim. talvez fosse o 'certo' ou adequado, mas não sinto. e o mais foda disso tudo é que, aparentemente, tudo faz efeito - sobretudo a ação do ignorante.

talvez eu também já tenha feito o mesmo, quem sabe? por pura vaidade, por ignorância também. mas, enfim, cada coisa a seu tempo. quando se sabe que exerce influência sobre alguém, geralmente usa-se isso, e quase nunca pro bem supremo. a maior parte das vezes por interesse próprio e exaltação do ego. só que o 'pobre' influenciado não vê. ao contrário, se sente bem porque, finalmente, conseguiu essa atenção. troxa.

eu devo dizer que isso de confiar no Universo é lindo na teoria, lindo mesmo, é o tipo de discurso que eu, particularmente, faço de boca cheia. mas quando se está numa situação em que é preciso agir assim, parece tão mais difícil! isso porque confiar no Universo significa deixar que as coisas aconteçam ma velocidade própria delas, e caminhem conforme um julgamento que não é o nosso. e não deter o controle da situação é foda.

mas, a despeito disso tudo, não me sinto arrependida por não ter feito nenhuma das coisas que não fiz por achar que não devia. cada um que aja como quer, e guie sua própria história, dê corda para a música que bem entender. ninguém tem de agir como eu - mesmo porque vai saber se fiz certo? talvez eu só tenha sido uma grande idiota que perdeu oportunidade.

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