terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

ao que é liberto

eu gosto da liberdade de decidir ir, de andar na chuva, de perder o medo, de encarar a vida nos passos a que ela me força. eu gosto de encarar a vida, escancarada como ela é, e rir na cara do perigo. gosto de sair de casa a hora que for pra encontrar alguém que me gosta só pra estar lá, conversar, rir e ser feliz. gosto de sempre conhecer a rua em que estou, e ser daquela rua naquela hora que estou lá. a vida vai batendo o vento nos meus cabelos e me trazendo a certeza de que toda atitude que tomo, ainda que obtusa, ainda que com olhos de cigana dissimulada, ainda que com tom de capitu, está perfeitamente em compasso com a vida que escolhi.

e eu escolhi rir, pular, dançar sem saber dançar, rir sem saber por que, encantar a vida assim como ela me encanta todo dia. eu escolhi agir de acordo com o que meu coração diz na hora, no tropeço, na frente dos meus olhos. eu quero mais, e eu vou buscar todo dia, toda noite. busco simplesmente SER, e ser com autonomia de versos virginianos só que mais arianos, livres, sem amarra, sem compromisso, porque isso anularia a diversão! e o que importa mesmo, afinal? pra mim? sorrir, acima de tudo. ter motivos pra isso. procurar só quem me quer bem - porque pra esse eu certamente hei de querer bem também, oras! porque a vida é movimento, é troca de energia, é pulso!

ainda falta muito, sei que falta. mas busco a cada instante ser mais eu mesma, esquecer do que dizem, do que ordenam, do que querem. faço o que o momento me diz pra fazer, a despeito de julgamento, a despeito de quem nem me quer tão bem assim. me importa quem me quer bem, quem faz por onde. me tem sorrisos sinceros quem os oferece. me cativa quem é cativante.

o tempo passa e ensina a gente o que de fato interessa. interessa amar a si mesmo - pra assim poder amar o outro. e agir conforme nossa própria vontade, sem medo, sem explicações aos outros, sem se sentir culpado. e vivo! e viva!

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