quinta-feira, 19 de julho de 2012

e como não? se a gente foi

é, pode ser sim que às vezes a gente não consiga demonstrar o que sente pros outros. caramba, mas parecia que tava certinho... aí a gente entende também que talvez os outros possam errar também quando tentam mostrar qualquer coisa pra nós.

não deixei de estar apaixonada nem um segundo que seja. não foi nem de longe esse o motivo de nada. meu coração bocó ainda dispara que nem um acelerador louco quando te vê, quando pensa em você, quando lembra da sua voz. nunca mudou. nem esmoreceu. dá frio na barriga, fico vermelha, a mão treme, não sei bem o que falar, tudo igualzinho nas primeiras semanas.

agora tá ficando tudo mais calmo e eu começo a ver que realmente não demonstrei. foi medo de correr risco mesmo. correr o risco de parecer idiota, de parecer menina demais. medo idiota. bruna idiota.

eu fiz muitas coisas babacas, que me pareceram adequadas na hora. falei muita tolice também. mas, sobretudo, perdi grandes chances de mostrar coisas boas que ainda têm em mim. agora não é a hora de fazer isso, porque tá sabendo, i missed the starting gun. mas deixo claro então que, a despeito dessa grosseria e dessa banca toda, caramba, como eu sou apaixonada por você.

mas nem eu que sou esperta teria conseguido enxergar isso nas entrelinhas.

e isso não é bom não. tá longe de ser bom. porque dá um sentimentozinho babaca que a cabeça sabe bem que nem tenho o direito de ter.

tá claro já? não acho minha grosseria uma virtude, nem os ataques de frieza bons. mas saiu assim... então é porque era pra ser assim, né. não pela natureza da grosseria e da frieza, mas pelo que precisávamos aprender com isso.

eu fui bem pouco carinhosa e não quero repetir isso na vida. afinal, já é a terceira ou quarta vez que me dou conta disso, que fui um ogro perfeito e que não precisava. e, pô, burrice demais persistir assim.

"o ar, o vinho vão com os dois amantes, a noite lhes oferta suas ditosas pétalas, tem direito a todos os cravos. dois amantes não têm fim nem morte, nascem e morrem muitas vezes enquanto vivem, têm da natureza a eternidade"

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