sábado, 21 de julho de 2012

pra dias assim - da metamorfose ambulante

eu sou meio inconstante e, embora isso por vezes me traga algumas perdas, eu prefiro do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo. eu vou mudando aí no decorrer dos acontecimentos e de repente eu já penso completamente diferente de ontem. e aí eu falo mesmo, volto, me desculpo, tento de novo. mas, claro, nem todo mundo tem de estar disposto a passar por esse turbilhão 365 vezes por ano... de todo modo, eu não ligo de tentar e retornar ao ponto inicial de novo. claro, agora acho que nem adianta mais dizer: "dessa vez é sério", porque TODA VEZ É SÉRIO. nunca é besteira ou criancice, é sempre sério na hora que é. mas depois muda e eu vou lá, começar de novo a tricotar o cachecol azul...

pra esses dias, eu sinceramente tenho pouco a dizer e bastante a mudar. porque mudança é processo, muito embora venham esses dias. dias que servem pra gente pôr a cabeça no lugar e entender que é verdade, tudo o que reclamamos nos outros é o que nós não oferecemos. se damos um carinho, vamos recebê-lo de volta, na mesma medida. o mesmo acontece com cada tapa, com cada comentário rude, com cada aspereza. é sempre assim, sempre foi e será. e eu já vi isso algumas vezes e, agora, mais preparada, pareço, pra realmente ENTENDER, COMPREENDER E AGIR.
mas são esses dias que nos fazem despertar a consciência pra certas coisas. não é lembrar do passado e lamentar que fizemos algo que, agora, olhando, parece errado. é simplesmente se dar conta e não hesitar em mudar de conduta. dar início ao processo já, imediatamente, afinal, não há mais nada que se possa fazer, alguma atitude cabe então.
caramba, é meio ruinzinho se sentir com 14 anos fazendo um monte de besteira, agindo que nem tola; mas sem me culpar, se agi daquele modo no tempo que passou é porque, de algum modo - mesmo me parecendo ridículo e impossível achar essa forma adequada hoje! -, era adequado ao que eu pensava, ao que acreditava.
não haverá adequação do mundo a mim: fato. cada ser é uma pontinha de unicidade... cada um tem suas características daquele jeitinho, e qualquer mudança que venha a acontecer em cada curso de vida é de responsabilidade de cada indivíduo. não que não se possa expor uma chateação ou algo assim, mas não tem de ser toda hora, nem com tudo! e nem toda chateação deve colocar em questão o que existe de real entre você e o mundo.
fica uma dica a quem quer que venha a ler o texto e queira manter em sua vida as pessoas que REALMENTE importam, merecem, brilham, trazem corzinhas: faz isso não... deixa o outro ser do jeito que é, libre, bonito, de dias soltos, de vento de brisa. deixe a espontaneidade do outro ser, mesmo que ela não seja do modo que te agrada. porque provavelmente há UM MILHÃO E MEIO de coisas que te agradam muito e o foco deve estar sempre voltado pra essas coisas. volte o foco para as conversas incríveis, para as energias compatíveis, para os agrados que hoje no mundo não se vê, pros dias-de-ano-novo com música do chaves e muito amor, pra sinceridade de palavras esboçadas a lápis numa cadernetinha, pro nome mais bonito do mundo.

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