segunda-feira, 13 de agosto de 2012

vipassana - dia 4

vontade loooooouca de ir pra casa. só penso no último dia, hahahaha. nossa, como eu sou babaca. tô aceitando a realidade da minha idiotice, sabe? não faz sentido ficar pensando... parece que retrocede o tempo e aumenta a ansiedade.

tenho pensado tanta, tanta, taaaaaaaaanta coisa que, mano, revela todo meu lado não-socialmente-mulher. essas questões de gênero, viu?

hoje se eu estivesse armada certamente teria dado um tiro de escopeta na caixa de som. mano, o goenka-jarrah não deve ter verdadeiros amigos, senão alguém diria que ele não pode cantar. não pode, simples. não rola. não. que nem o roberto justus, tá lá, rico e tal, mas quando resolve gravar um cd ele revela sua falta de amigos sinceros que, antes de que ele tomasse tal medida extrema, pudessem ter impedido a atrocidade. fica lá, passando ridículo. amigo meu não passaria tamanho vexame - ou passaria, caso fosse teimoso, mas o aviso certamente viria. nessas horas sempre lembro do bolacha. bolacha era um rapazinho lá que ia na igreja na época que eu também ia porque meu namoradinho era crente. ia, oras, afinal, tinha um monte de adolescente, era legal pra caramba, uma verdadeira festa e a igreja era só um predinho pra gente se encontrar e rir. enfim... o bolacha resolveu que a missão dele era dedicar sua voz a jesus. coitado de jesus. imagino o que ele sentiu, deve ter sido pior do que o que a gente sentia tendo de ouvir o bolacha. o paçoca, rapaz que tocava violão (bolacha, paçoca, uma verdadeira dispensa), dava o acorde lá pra gente entrar na música. e o bolacha entrava mais alto e antes de todo mundo. quem que conseguia acompanhar depois? não dava, o bolacha cobria o som do violão com seus grunhidos, e por mais que a gente se concentrasse era impossível acertar o tom depois que ele abria a boca. era foda. eu ria, ué. fazer o quê?

o guardanapo que a gente usa no refeitório chama 'bob'. se fosse seda, hein...

o tempo deu uma viradinha, bom pra mim, que só trouxe roupa de moletom quente pra caramba e tava derretendo.

minha natureza é prática. tá FODA.

a meditação tá menos monótona, saiu desse negócio de narina e fomos brincar de explorar o corpo todo. bem mais legal. e muito louco às vezes, devo dizer. parar pra sentir cada toque de vida em nós, dessa vida pulsante física. louco.

bom não está.

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