segunda-feira, 13 de agosto de 2012

vipassana - dia 6

10 e pouco do 6º dia.

já não acho que vou morrer, como estava achando ontem. a palestra da noite foi foda e me fez ver que há uma sensatez e coerência nisso tudo. estou aqui por um motivo. desses que já estão acontecendo mas que aqui na matéria tá difícil entender ainda. só questão de tempo...

o sorriso e o olhar que troquei com o pedro hoje foram muito importantes também. ele parecia já saber tudo que é falado aqui, tudo. e falou pra mim durante tanto tempo e eu, teimosa, avessa a tanta verdade, sempre tratei de julgar cada palavrinha que saía com amor e me chegava como um tapa. minha vontade de hoje era olhar pra ele e dizer: "me ensina? posso aprender? dá a mão...". meu maior instrumento de amor, caramba, e eu nem vi...

* * *

quase 1 da tarde. outro mini-beija-flor me chamou, lindo. e aí a música do flávio venturini ficou na minha cabeça agora e pra sempre, amém:

O que faz o beija-flor
ter vontade de voar?
Vai e diz ao meu amor
o que viu do meu penar
Vai dizer ao meu grande amor
que eu sempre vôo tão só
Diz também para o meu amor
é só voltar, beija-flor
O que faz o beija-flor
ter lampejos cor do mar?
Quando eu penso em você,
meu desejo é navegar
O que faz o beija-flor
ter mais prata que o luar?
Faz o mel da tua flor
ser mais doce ao paladar
Quando riscas o céu
És mais doce que o mel
Que tiras da flor
Mais do que viver
Só te importa voar ... Beija - flor

aí lembra meu pai que, após dias de insistência pra comprar esse cd na cooperativa de inúbia paulista, fez uma surpresa colocando no rádio na hora da viagem de volta. choro de lembrar, bixa chorona...

acho a vida digníssima.

pensei tanto nos meus filhotinhos. tanta ternura, amor puro, daquele que eu sinto quando lembro do pedro e do nosso amor que é de essência azul cor de céu e que me traz paz de quadro belo...

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