segunda-feira, 13 de agosto de 2012

vipassana - dia 5

manha do 5º dia.

sabe, ok vc estar super entregue a tudo - mais entregue que eu, convenhamos, nem deve ser difícil. mas andar de olho fechado? maaaaaaaaano... tudo tem limite. é MUITA mancada desejar que tropece? ok, não desejo então... mas não se aproveitem de minha nobreza... tô tão chata hoje que quero sair da minha companhia, tem jeito?

o goenka-bolachudo variou o cântico.

* * *

escrever é um refúgio bom. acabei de almoçar. pensei toda sorte de coisas pra ir embora:

- e se eu precisasse voltar por qualquer motivo que seja?

- e se um terremoto devastasse o mundo?

- e se os extraterrestres invadissem logo a terra e levassem a gente embora?

pare o mundo que eu quero descer!

 * * *

16:30. tô bem no limite já. desci as escadas do refeitório compassando as palavras: MUITO, MUITO, MUITO CHATO.

hoje, que nem no segundo dia, o sertanejo está dominando minha mente. zezé di camargo e jorge e mateus se instalaram no meu rádio e estão teimando pra ir embora.

voltando à minha natureza prática que citei esses dias - deve ter sido ontem, hoje talvez, mas o tempo passa tãaaaaaao devagar que parece que foi, sei lá, há uns 40 dias atrás. não há nada que seja falado nas palestras que eu não consiga trazer imediatamente para a vida cotidiana. acho que cada ser tem uma natureza predominante, e a minha é bem teórica, prática e repleta de regras de lógica. por isso está difícil meditar. o foda disso é que caem minhas máscaras todas - é fácil discursar, mas agir, caramba! sentir então, captar pelos sentidos como faz o pedro lindamente é muito raro de acontecer comigo. estou captando pelo teor filosófico e ainda assim não está fácil.

sorrio bastante quando vejo borboletas e quando vou tomar banho. adoro tomar banho.

pensei no fael e no teleco hoje. chorei bastante dum motivo que sei lá qual é, lembrei muito de muita coisa e desembestei a derreter.

quero muito, muito ir embora.

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